domingo, 11 de abril de 2021

20 anos de Plenty of Power do Anvil


Plenty of Power é o décimo full dos canadenses do Anvil e é um divisor de opiniões. Há quem ama e quem odeie, mas não vamos nos prender ao gosto das pessoas. A verdade é que o álbum pode não estar à altura de alguns clássicos da banda, mas mesmo assim é um bom trabalho, honesto e de puro Heavy Metal, principalmente se levarmos em consideração que aqueles anos não foram particularmente perfeitos para as bandas da velha guarda metálica. A arte da capa é bem legal, com aquela escavadeira, e mostra que o Anvil mais uma vez fazia as coisas à sua maneira, pois não vemos monstros e demônios voando ao redor da máquina, algo normal para quem já colocou outras máquinas como trens e tanques de guerra em suas artes. "Plenty of Power" está recheado de riffs, com distorção pesada e vocais roucos, que se não fosse pela bateria ritmada como em "The Creep", soaria como o Motörhead. As batidas de Reiner são secas e fortes e formam uma cozinha coesa com Glenn Five. Uma faixa pesada e com letra bem atual é "Computer Drone" e te faz pensar em Judas Priest instantaneamente, com Lips arriscando uma abertura maior na voz e o baixo bem na cara. Aliás, Lips e Ivan Hurd têm uma caderneta cheia de riffs e melodias em algum lugar, pois não temos o sentimento de algo repetitivo durante a audição das 11 músicas do play. Outras faixas de destaque são a faixa título que abre o álbum, "Groove Science", "Beat The Law", a pesada e suja "Disgruntled" e a rocker "Dirty Dorothy" que aparece como faixa bônus. Um álbum pra ouvir tomando uma gelada com os amigos (mas não durante a pandemia).

 

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