quinta-feira, 20 de maio de 2021

20 anos de La Grande Danse Macabre do Marduk!


Depois de lançar um dos álbuns mais rápidos e extremos do Black Metal, o destruidor Panzer Division Marduk de 1999, os suecos resolveram pisar no freio e gravar um álbum carregado de nuances mais pesadas e arrastadas, mesmo que a agressividade tenha se mantido intacta. La Grande Danse Macabre é o último play do Marduk com uma produção mais crua, com toda distorção das guitarras despejando podridão nas melodias, já que a partir de World Funeral a produção deixou as coisas mais limpas, claro, dentro da proposta ainda suja da banda. A intro "As Moriendi" e "Pompa Funebris 1660" são instrumentais que exemplificam a morbidez arrastada, sendo a primeira uma marcha que introduz perfeitamente a pancadaria de "Azrael" com seus riffs matadores e a segunda um som maquiavélico e maldito que faz viajar pela atmosfera negra que emana. "Obedience Unto Death" traz de volta a pancadaria enquanto a ótima "Bonds Of Unholy Matrimony" tem um ótimo trabalho de bateria de Fredrik Andersson. A faixa título é a mais longa e talvez a mais arrastada do álbum, com um ótimo som da guitarra de Morgan e o baixo pulsante, mesmo que não muito na cara, de B. War. A capa do play é bela, mas traz um porém, que é o logo tradicional inexistente, coisa que sempre contraria os fãs. Impossível resenhar um play desta fase e não enaltecer os vocais de Erik Legion, um dos vocais mais fudidos do metal extremo, que estava em seu auge cavernoso, um dos maiores trunfos para a banda alcançar o patamar de um dos maiores ícones do estilo no mundo. O álbum segue com "Death Sex Ejaculation", a música mais próxima da sonoridade do vindouro "World Funeral", a perfeita "Funeral Bitch" com seu medonho refrão, a dona de riffs excelentes e uma bela melodia "Summers End" e fecha com a esporrenta J.C....Sodomized. Um play fenomenal que não envelheceu em 20 anos. 


 

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