E Tara da banda americana Absu é mais um dos aniversariantes do mês de maio com 20 aninhos nas costas. E é um senhor álbum, classificado por muitos como o melhor da banda, que teve seu fim anunciado ano passado por seu líder Proscriptor. Nesta obra sensacional ele toca quase tudo (menos baixo e guitarra que ficaram a cargo de Equitant e Shaftiel), teclados, bateria, vocais, tudo em prol da destruição sonora com muita qualidade. Apesar da melodia não ser papel importante na música do Absu, em vários momentos ela aparece de forma arrebatadora, como na excepcional "Stone of Destiny (...For Magh Slecht And Ard Righ)" considerada a faixa épica do trabalho, com a brilhante participação nos vocais do mago King Diamond, batizado nos créditos como Masthema Mazziqim, que enriqueceu uma obra que já nasceu clássica por si só. A música tem um andamento mais lento que a normal pancadaria, mesmo que as mãos de Proscriptor parecem ter vida própria e não conseguem socar a bateria de forma abaixo dos 200 bpm. O opus que começa e termina com sons de gaita de fole, nomeados como Tara e Tara (Recapitulation) saiu pela Osmose que já viveu áureos tempos lançando bandas de metal extremo de qualidade acima da média, e uma linda arte criada por Kris Verwimp, que já deixou sua assinatura em trabalhos de monstros como Enthroned, Marduk e Manegarm. Alguns momentos fora da régua aparecem como na instrumental "Bron (of The Waves)" um dedilhado lindo com sons de ondas e ventos ao fundo que bem poderia estar em um álbum do Blind Guardian, mas pancadas com base no Black Metal, mas um pezão no Death e Thrash Metal são a essência desta obra colossal, com um trabalho, como sempre, invejável de bateria, massacrante, rapidíssima, e furiosa, como em Vorago (Spell 182) e em várias outras, vocais rasgados e ótimos riffs rápidos de guitarras. Não é uma obra fácil de conseguir, mas que deveria fazer parte das prateleiras de todo amante de metal extremo. Um álbum primoroso do início ao fim.
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