The World Needs A Hero completa 20 anos e traz de volta aquela sensação de que uma das maiores bandas do planeta estava para encerrar carreira. Mas, assim como na vida da maioria das pessoas, aquela fase foi só um tornado que fez a banda de Dave Mustaine lutar e ficar mais forte. Após um álbum no mínimo fraco, o famigerado Risk, e a perda de mais um membro da formação clássica, o guitarrista Marty Friedman, o Megadeth lançava um álbum que tinha a missão de recolocar o trem desgovernado do Thrash Metal novamente nos trilhos. E sem muito estardalhaço o play chegou às prateleiras do mundo com o mascote Vic Rattlehead brotando do peito de Mustaine, como se fosse aquele Alien de Ridley Scott. The World... é claramente um álbum mais lento na carreira da banda, sem aqueles riffs ultra rápidos que estávamos acostumados, e possui algumas partes até dançantes (o que?) como no refrão da faixa título e em "Moto Psycho", mas é um álbum excelente de se ouvir, com músicas sensacionais, como na 2ª e última (até hoje) balada da banda, a belíssima "Promises", a única co-escrita pelo novo guitarrista Al Pitrelli (Savatage) com Mustaine. "Recipe Fo Hate...Warhorse" resgata aquela construção de "Sweeting Bullets", boa parte narrada e depois mais acelerada com belos interlúdios de solos de guitarra e um ótimo riff. Músicas mais "calmas" porém muito boas são "Disconnect" que abre o petardo, "Burning Bridges" e "1000 Times Goodbye" com seu refrão pegajoso. "Dread And The Fugitive Mind" é outra faixa excelente que abre o clássico ao vivo "Rude Awakening" de 2002 e que pegou muita gente que ainda não conhecia "The World.." de surpresa. Uma época em que Dave ameaçou acabar com a banda devido a problemas nos tendões que ameaçaram fazer o guitarrista parar de tocar. Vale ressaltar ainda que o álbum apresentou "Return To Hangar", uma sequência à clássica "Hangar 18" da fase de ouro, que se não chega perto de ser tão sensacional quanto, ao menos trouxe aquela disputa de solos maravilhosa. O álbum fecha com uma longa e pesada faixa chamada "When" que eu adoro, e que mandou aquele riff descaradamente de "Am A Evil" do Diamond Head, mas ficou sensacional. Um álbum que não pode faltar de maneira alguma na coleção dos amantes da banda.
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