domingo, 9 de maio de 2021

20 anos de Last Fair Deal Gone Down do Katatonia.

 


Se você é daqueles que pensa totalmente diferente dos próprios membros do Katatonia, que desprezam a fase Death/Black/Doom dos primeiros álbuns, e fica o ano inteiro esperando chegar o mês 12 pra ouvir Dance Of December Souls, há uma grande chance de passar direto por esta resenha sem ler mais nada. Claro que cada músico faz o que bem entender de sua banda, e cada fã ouve o que bem entender, mas muitos não aceitam justamente a mudança, e acabam separando o Katatonia entre a fase do copo de sangue fervendo e a fase do chá gelado sem açúcar. Independente do que você pensa, a banda sueca é uma daquelas que mudou de estilo e se manteve sem precisar voltar a fazer o que os saudosos esperavam, fato que prova que o som cheio de melodia tem lá os seus apreciadores. O que você ouve em "Last Fair Deal Gone" segue um ritmo constante e morno em "Despossession", mas os vocais acabam melhorando em "Chrome", imprimindo mais emoção. "We Must Bury You" com sua letra psicótica é curta e cumpre bem o papel proposto de afetar mais pelo lirismo que pela estrutura. A capa do álbum é meio apagada e lembra cenas de games de terror como Alone In The Dark ou Silent Hill, mas é uma boa capa. Uma qualidade a ser citada é a clareza da produção, os instrumentos estão polidos e suaves, diferente do primeiro surto clean chamado "Tonight's Decision" de 1999, que era bem sujo e com o dobro de melancolia. E isso me faz pensar que o álbum de 99 fica naquela zona mental de algo legal que não precisa mais necessariamente ser ouvido, mas com "Last Fair..." você sabe que prefere o sujo ao limpo. Resumindo e traduzindo ao bom português. Continue esperando dezembro chegar e esqueça o resto.


Nenhum comentário:

Postar um comentário