domingo, 31 de janeiro de 2021

20 anos de Evil Shall Burn Inside Me Forever do Murder Rape.

 


Quem acompanha a carreira do Murder Rape do Paraná desde seus primeiros dias já percebeu algumas características peculiares em seus álbuns. A primeira delas é a palavra "MAL" nos títulos dos petardos, na maioria em inglês e no último trabalho em latim, e Evil Shall Burn Inside Me Forever poderia ser um título afirmando que as raízes do Black Metal se manteriam para sempre com a banda firme no propósito de propagar o caos. A outra característica é de batizar uma música com o título do álbum anterior, então temos "...and Evil Returns" abrindo este veloz opus. Rápido porque todo extremismo da banda está condensado em menos de 30 minutos, e porque este é o play com as músicas mais rápidas da banda. Tudo bem que o início de "Mistress of the Gloomy Nights" apresenta um início mais mórbido e próximo ao Doom, como nos álbuns anteriores, mas logo também descamba para a pancadaria. Esta mudança na pegada é explicada pela mudança de formação, pois o guitarrista Azarack, o baterista Ichthys Niger e o vocalista Sabatan saíram da banda para formar o Evil War. Então Ipsissimus (guitarra) e o líder Agatodemon (baixo e backing vocals) recrutaram Dagorlad para as baquetas e Nargothrond para os vocais. O álbum saiu pela gravadora da banda, a Evil Horde e tem uma arte gráfica bem trabalhada. Além das faixas citadas, outro grande destaque é Z.O.E. que se mostra arrastada, com guitarras naquele estilo funerário do álbum de estreia. Um grande álbum, que pode ser considerado o preferido por uma parcela de fãs, em detrimento de outros que já estavam acostumados com o som mais arrastado da banda e por isso o deixam numa posição intermediária na discografia, uma vez que os dois primeiros são clássicos irreparáveis e os dois últimos buscam uma renovação daquele som pelo qual a banda se apresentou para nosso mundo de trevas.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Vamos de Donzela, criaturas!

 


Alexander, The Great

Meu filho, consiga para você um outro reino

Pois este que deixo é pequeno demais para você


Perto do leste, em uma parte da antiga Grécia

Em uma antiga terra chamada Macedônia

Nasceu o filho de Felipe da Macedônia

A lenda, seu nome era Alexandre


Aos dezenove anos tornou-se o rei da Macedônia

E jurou libertar toda a Ásia Menor

Pelo mar Egeu em 334 antes de Cristo

Derrotou completamente os exércitos da Pérsia


Alexandre, o Grande

Seu nome colocava medo nos corações dos homens

Alexandre, o Grande

Tornou-se uma lenda entre os mortais


Rei Dário III, derrotado, fugiu da Pérsia

Os Simérios se renderam no rio Jaxartes

Os Egípcios sucumbiram também ao rei Macedônio

E ele fundou a cidade chamada Alexandria


No rio Tigre ele encontrou novamente o rei Dário

E o esmagou novamente na batalha de Arbela

Adentrando Babilônia e Susa, tesouros ele encontrou

Tomou Persépolis, a capital da Pérsia


Alexandre, o Grande

Seu nome colocava medo nos corações dos homens

Alexandre, o Grande

Tornou-se um Deus entre os mortais


Um rei Frígio partiu em uma biga

E Alexandre cortou o Nó Górdio

E a lenda dizia que quem cortasse o Nó

Tornaria-se o governante da Ásia


Ele espalhou o Helenismo por todos os lados

A mente ensinada da Macedônia

Sua cultura era um estilo ocidental de vida

Ele pavimentou o caminho para o Cristianismo


Marchando, marchando


A cansativa batalha, marchando lado a lado

Os exércitos de Alexandre, linha a linha

Eles não seguiriam para a Índia

Cansados do combate, da dor, e da glória


Alexandre, o Grande

Seu nome colocava medo nos corações dos homens

Alexandre, o Grande

Morreu de febre na Babilônia

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Vamos de Slayer, criaturas!

 


Angel of Death

Auschwitz, o significado da dor

A maneira que eu quero que vocês morram

Morte lenta, imensa podridão

Chuveiros que purificam vocês de suas vidas


Forçados adentro

Como gado vocês correm

Despidos do

Valor de suas vidas

Ratos humanos, para o anjo da morte,

Quatrocentos mil a mais para morrer


Anjo da morte

Monarca do reino dos mortos


Sádico, cirurgião da perdição

Sadista do mais nobre sangue

Destruindo, sem piedade

Ao benefício da raça Ariana


Cirurgia, sem anestesia

Sinta a faca te perfurar intensamente

Inferior, sem uso para a humanidade

Amarrado e gritando para morrer


Anjo da morte

Monarca do reino dos mortos


Infame carniceiro

Anjo da morte


Bombeado com fluído, dentro do seu cérebro

A pressão no seu crânio começa a empurrar

Através dos seus olhos


Queimando a carne, cai em pedaços

Teste de calor queima sua pele

Sua mente começa a ferver


Frio gelado, quebra seus membros

Quanto tempo você pode durar

Nesse enterro em água gelada?


Costurados juntos, unindo cabeças

Apenas uma questão de tempo

Até vocês se dilacerarem ao meio


Milhões deitados em seus

túmulos abarrotados

Jeitos repugnantes para realizar

O holocausto


Mares de sangue, enterrem a vida

Cheire sua morte enquanto ela queima

Dentro de você


Cegado através de calor, olhos que sangram

Rezando pelo final de

Seu pesadelo acordado


Asas da dor, buscam te atingir

Sua face da morte te encarando

Seu sangue está correndo gelado


Injetando células, olhos moribundos

Se alimentando dos gritos

Dos mutantes que ele está criando


Patéticas vítimas inofensivas

Deixadas para morrer

Detestável anjo da morte

Voando livremente


Anjo da morte

Monarca do reino dos mortos

Infame carniceiro

Anjo da morte

domingo, 24 de janeiro de 2021

20 anos de The Great Beast do Mystic Circle


O Mystic Circle da Alemanha estava passando por mudanças, eliminando uma segunda guitarra e aos poucos transformando seu Melodic Black em um Black/Death que gravaria seus dois próximos álbuns como um trio. Porém em The Great Beast eles conservavam-se no Black, com uma veia ainda mais melódica que nos consagrados Drackenblut e em Infernal Satanic Verses. O baterista Sven Meesters (Aaarrrgon) deu lugar a Blizzard, que só gravou este álbum, e Baalsulgorr se despedia nos teclados, enquanto Ezpharess comandava as guitarras e o carecão Graf Von Beelzebud (Marc Zimmer), baixista original do grande Crematory, novamente comandava vocais e baixo. A arte da capa volta a ser obscura como no segundo álbum, aparentemente simples, porém com muitos detalhes caso você comece a prestar atenção. O som do Mystic Circle perde em velocidade neste álbum, e os teclados mais uma vez estão à frente, mesmo que os riffs de guitarra estejam lá desempenhando seu papel. As guitarras também se mostram melódicas em alguns momentos, como na melodia inicial de "Lucifers Angel", e quando os riffs mais frios entram os teclados continuam executando a mesma melodia. Os vocais de Zimmer estão mais voltados para o gutural que anteriormente, o que dá um ar de mais seriedade ao trabalho, ao passo que as letras continuam sem evolução. Vocais femininos aparecem de forma tímida, porém bem colocados em faixas como "Spirits In Black", que também conta com bons solos de guitarra, e em "Eyes of Horror". O melhor momento do álbum ficou a cargo da última música, a grande "And Evil We Shall Die", que também conta com vocais femininos, passagens intercaladas entre mais rápidas e desaceleradas e teclados clássicos. Um álbum mais coeso e maduro do Mystic Circle, porém menos agressivo, com belas harmonias e que merece um relançamento, porque todas as suas versões saíram no mesmo ano de 2001, e hoje são peças raras.

 

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Vamos de Moonspell, criaturas!

 


Alma Mater

A Língua Materna me diz

Do modo mais forte que já vi

Sei que ela vê em mim

Seu motivo de orgulho, sua raça mais pura


Ela me diz em matizes

Que eu mal posso entender

Eu apenas sei que são nossos

E a eles, orgulhoso, me curvarei


Pois sou seu unico filho

E você, meu mistério querido

De um trono antigo, desafio o mundo

A ajoelhar-se diante do Poder contido.


Pois sou seu unico filho

E você, meu mistério querido

Mundo, não vês?

Apenas eu creio nisso?


Virando costas ao mundo

Orgulhosamente sós

Glória antiga, volta a nós!


Alma mater!


Ondas rebentando anunciam minha noiva

É o único modo como o Mar pode cantar

Lendas do Orgulho Lusitano

Ele canta as palavras que eu não posso espalhar


Na Montanha da Lua seis lobos uivam

Sua glória perdida retomaremos ou morreremos


Pois sou seu unico filho

E ela, meu mistério querido

Deus Pagãos conspiram

Pela espada da Tirania


A Língua Materna disse a ti

Do modo mais forte que já viram

Mundo, não vês?

Não sou só eu que creio nisso.


Alma mater!


Virando costas ao Mundo

Orgulhosamente

Gloria Antiga, volta a nos!


Alma mater!


A Língua Materna me diz

Do modo mais forte que já vi

Sei que ela vê em mim

Seu motivo de orgulho, sua raça mais pura


Ela me diz em matizes

Que eu mal posso entender

Eu apenas sei que são nossos

E a eles, orgulhoso, me curvarei


Pois sou seu unico filho

E ela, meu mistério querido

De um trono antigo, desafio o mundo

A ajoelhar-se diante do Poder contido.


Pois sou seu unico filho

E ela, minha tragédia querida

Mundo, não vês?

Não sou só eu que creio nisso.


Virando costas ao Mundo

Orgulhosamente sós

domingo, 17 de janeiro de 2021

20 anos de Bonegrinder do Drowned.


Após uma demo muito bem recebida no cenário, chamada "Where Dark And Light Divide..." e participação em algumas coletâneas, a expectativa pelo debut dos mineiros era grande. A cena mineira, até então uma das mais prolíficas do mundo, gerando alguns dos maiores nomes do metal nacional entre os anos 80 e 90 estava estagnada. Poucas novidades e os grandes em hibernação, a cena se mantinha com apresentações de bandas internacionais. Então considero Bonegrinder um divisor de águas, uma renovação da cena, onde o interesse pelo metal nacional retornou, e festivais com bandas como Torture Squad e Nervochaos passaram a ocorrer com boa presença de público. A capa do álbum ficou a cargo do cartunista mineiro Quinho, (Marcos Ravelli), também vocalista do Thespian, e trouxe o mascote quebrador de ossos dilacerando uma pilha de corpos, que ficou muito bonita, mesmo que a ideia já tenha sido usada em Pleasure To Kill do Kreator e na coletânea Warfare Noise II da Cogumelo, gravadora que também projetou o Drowned, outro grande diferencial para uma banda iniciante. Falar das músicas de Bonegrinder não é fácil, uma vez que não há destaques, todas as faixas estão em um nível muito alto, desfilando um Death/Thrash pesado e com belas melodias de guitarras. A mais porrada delas com certeza é "Words From The Pit", um arrasa-quarteirão de pouco mais de 2 minutos, enquanto "Learn To Obey" já vem com ares de clássica, por ser a mais conhecida desde a demo. Os vocais de Fernando Lima vão do rasgado ao gutural com naturalidade e são destaque no álbum, com algumas poucas passagens onde o guitarrista Marcos Amorim arrisca vocais limpos, que seriam melhor explorados em álbuns vindouros. A bateria de Beto Loureiro varia o tempo todo, e talvez possa ser considerado o melhor trabalho de Beto em frente ser kit. Rafael Porto é o responsável pela outra guitarra e há de se dizer que a dupla de guitarristas estava com a criatividade trabalhando a 101% pois os riffs, solos e melodias do álbum deixaram  cada música com sua marca própria, e no baixo o monstro Rodrigo Nunes, tive oportunidade de ver o Drowned no palco algumas vezes naquela época e o cara toca muito. Em 2016 Bonegrinder foi relançado em Digipack e com o EP Back From Hell de bônus, comemorando 15 anos. Agora já são 20 e se você não tem este artefato em sua coleção, com certeza ela não é tão valiosa quanto deveria ser.

 

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Vamos de Annihilator, criaturas!


Alison Hell

Inferno de Alison

Alice não está te assustando?
Alice você não está assustada?
Alice isso não é maravilhoso?
Vivendo a vida assustada.
Não olhe pelos cantos.
Eu certamente estarei me ocultando lá.
Embaixo da cama a noite.
Você esteve acordada até o amanhecer de novo.

Inferno de Alison, sua mente começa a dobrar.
Inferno de Alison, você não está esfriando?
Inferno de Alison, você está parecendo triste.
Alice no inferno, o que mais você pode fazer?

Alice

Eu comecei minha norma, a vida se esconde na sua mente.
Chorando, você perdeu sua boneca.
Isso não vale dez centavos.

Inferno de Alison, sua mente começa a dobrar.
Inferno de Alison, você não está esfriando?
Inferno de Alison, o que está procurando?
Alice no inferno, logo fecharei a porta

Sentado no canto, você está nua e só.
Ninguém deu ouvido aos seus medos, você criou a mim.

Alice não está te assustando?
Alice você não está assustada?
Eu fui morto ao nascer.
Eu disparei essa ultima cena.
Você está no porão.
Você foi pega numa armadilha de insanidade.

Inferno de Alison, o que você estava procurando?
Inferno de Alison, quando eu fechei a porta?
Inferno de Alison, aqui você irá habitar.
Inferno de Alison, Alice habitará no inferno

Alice.

Alice.
Alison.
Alice.
No inferno.

Adeus.


 

sábado, 9 de janeiro de 2021

20 anos de Battle's Clarion do Averse Sefira


O Black Metal nunca foi um estilo forte nos Estados Unidos, talvez porque o público americano muitas vezes é um fã de momento, ao passo que o estilo evoca o que há de mais tradicional no metal negro e muitas bandas que tentam evoluir acabam sendo taxadas de traidoras. O Averse Sefira do Texas (terra do Pantera), foi um dos nomes mais conhecidos do estilo no país, tendo registrado 4 full lenghts de 1999 a 2008, e Battle's Clarion é o segundo deles. Em relação ao cansativo Homecoming's March podemos dizer que a banda evoluiu, principalmente porque Wrath e Sanguine, os músicos originais, abandonaram a bateria eletrônica, que soava a mesma coisa em todas as músicas, e incorporaram o baterista Mark Perry, creditado como The Carcass, que também gravou os álbuns subsequentes. Aquelas vinhetas chatas entre cada música também sumiram, então já temos 2 pontos positivos para este álbum em relação à estreia. O som continua ríspido, sem espaço para harmonias bonitinhas, com algumas incorporações legais, como aqueles gritos fantasmagóricos ao fundo de uma parte de "Deathymn". Esta inclusive nos trás uma parte menos acelerada lá pelos 3 minutos e meio que tem ótimos riffs e deu uma quebrada na pancadaria, deixando o som bem interessante. Os vocais de Sanguine são rasgados e fortes, tendo os backing um pouco mais guturais de Wrath como apoio em alguns momentos. Os dois já emprestaram suas vozes ao Nervochaos, na música "Evocations". No geral o Averse Sefira conseguiu diversificar melhor seu som neste álbum, sem se desvincular do Black Metal gelado e inerente às bandas norueguesas dos anos 90, com um baterista real e com braço pesado, tocando muito rápido na maioria do tempo, mas também levando o som a um novo estágio, com menos agressividade. As vinhetas eletrônicas deram lugar a duas faixas instrumentais que não atrapalharam em nada e a capa do trabalho também está mais artística, combinando com o logo indecifrável da banda. Se nestes 20 anos você não teve oportunidade de ouvir este álbum, o Metal & Loucuras recomenda.

 

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Vamos de Sepultura, criaturas!

 


                                  Arise.


Obscurecido pelo Sol

Estrondo apocalíptico

Cidades virando ruínas

Por que temos que morrer?


Obliteração da raça humana

Debaixo de um pálido céu cinzento

Nós devemos surgir


Eu não fiz nada, não vi nada

Confronto terrorista

Esperando pelo final

Conspiração de guerra


Eu vejo o mundo velho

Eu vejo o mundo morto


Vitimas da guerra, buscando uma salvação

Último desejo, fatalidade

Eu não tenho terra, eu sou de lugar nenhum

Das cinzas as cinzas, do pó ao pó


Encare o inimigo

Pensamentos maníacos

Intervenção religiosa

Problemas continuam


Obliteração da raça humana

Debaixo de um pálido céu cinzento

Nós devemos surgir


terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Vamos de Metallica, criaturas!

 



The Small Hours (Holocaust cover)

As Pequenas Horas (1987)

Preste atenção na escuridão

E você verá

Apenas chame meu nome e eu estarei lá.


Você não pode me tocar

Você não ousaria

Eu sou o frio que paira no ar.


E eu tento atravessar você

Do meu próprio jeito todo especial

Enquanto as barreiras desmoronam

Ao término do dia.


Rios escuros estão fluindo

Voltando ao passado

Você é o peixe pela qual eu lancei a isca.


E o que se passa com o futuro

O que acontecerá?

Enquanto os rios fluem em direção ao mar.


E eu tento atravessar você

Do meu próprio jeito todo especial

Enquanto as barreiras desmoronam

Ao término do dia.


Não aceite isso como sendo verdadeiro

Os poderes estão lá fora

Não pise na toca do demônio.


O tempo é uma ilusão

Crescendo do tempo

Íngreme é a montanha que nós escalamos


E eu tento atravessar você

Do meu próprio jeito todo especial

Enquanto as barreiras desmoronam

Ao término do dia.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

20 anos de Summa Imperii Satanae 666 do Pactum.

 


O Pactum é uma banda de Black Metal de Ourinhos, a 370 km da capital paulista (ok, uma pesquisa na internet diz que a banda é do Paraná, de Osasco, etc;...). A banda foi formada em 1995, e às vezes me assusto com a quantidade de bandas brasileiras que surgiram entre os anos de 94 e 95, mas esta é outra história. Após algumas demos o primeiro full da banda viu a luz da noite em 2001, o grande "Summa Imperii Satanae 666", que fez muita gente voltar os olhos para a horda na época. Gravado por Count Abigor, que passou um tempo fora mas ainda é o vocalista da banda, na guitarra Azrael, no baixo Daemon (hoje no Vulturine) e na bateria Alysson Farinazo, o Pactum gravou um álbum com muito sangue nos "zóio", lançado pela Chaos 666, e hoje um item raro. O play carecia de uma produção mais profissional para figurar no hall das obras memoráveis do metal nacional, mas a simplicidade e gana com que foi executado superam qualquer problema. Em Luciferi Glorium ouvimos algumas influências do antigo Rotting Christ nos riffs de guitarra, e há uma preocupação em deixar todos os instrumentos marcantes, vide a passagem onde podemos ouvir claramente o som do baixo sem disputar com a guitarra. "The Call Of The Black God (Reverence To The Moon, Soul of the Night)" trás uma diversidade maior, com passagens arrastadas naquele estilo Amen Corner e muitas mudanças de andamento. "The Deep Nightfall Reveal of the Eternal Evil" segue na mesma pegada, incluindo uma passagem com vocais limpos e narrados que deu um toque especial. Os vocais de Abigor seguem aquela linha ultra rasgada (definida por alguns profundos conhecedores de nada como vocal de Pato Donald), ainda mais estridentes que um Sabatan (ex Enthroned) por exemplo, mas vez ou outra aparece um gutural como em "De Magnum Opus Obscurus". Não que isso seja um demérito, os vocais se encaixam perfeitamente na proposta do grupo. O opus fecha com "Orgies In Sadomatic Temple of Baphomet" e com a faixa título. Um grande debut cujo único defeito é aquele gremlin na capa. Vida longa ao Pactum.

domingo, 3 de janeiro de 2021

Vamos de Megadeth criaturas!



                              Angry Again

Quanto mais eu te inspeciono
Mais eu vejo um reflexo de mim
Quanto mais eu tento ler seus lábios
A máscara que você está usando rasga mais

Mas quando eu encontro a sua voz
Meus ouvidos são preenchidos com barulho
Você mostra e conta com a maior tranquilidade
Impossibilidades furiosas

Engajado no crime eu limpo minha garganta
Enfurecida minha mente começa a esfumaçar
Forçar uma sobrecarga mental
Furioso novamente, furioso novamente, furioso ow!

E quando a história dá uma reviravolta
Ela se dobra como um contorcionista
Um movimento da mão e troca rápida
Os velhos truques foram rearranjados

Engajado no crime eu limpo minha garganta
Enfurecida minha mente começa a esfumaçar
Forçar uma sobrecarga mental
Furioso novamente, furioso novamente, furioso

A elevação do nervo
Meu corpo luta por ar
O rasgo do tecido
Meus pulmões começam a se romper
A gravidade tomou meus ossos
Ela puxa minha carne

A fumaça finalmente se dissipa
Eu revelo meu rosto suado

Associação que eu escolho
Jogo que inevitavelmente eu perco
Governado por leis criadas por mim
Quebra suas mandíbulas para me deixar existir
Um labirinto feito de papelão cortado
Cheio de uma raça insubordinada
Jovens irracionais param para ver
Enquanto a borracha musical esguichou pelo ar

Engajado no crime eu limpo minha garganta
Enfurecida minha mente começa a esfumaçar
Forçar uma sobrecarga mental
Furioso novamente, furioso novamente, furioso novamente.
E novamente e novamente, novamente

Engajado no crime eu limpo minha garganta
Enfurecida minha mente começa a esfumaçar
Forçar uma sobrecarga mental
Furioso novamente, furioso novamente, furioso haow!




 

sábado, 2 de janeiro de 2021

20 anos de Elixir Mystica do Soulgrind


O Soulgrind da Finlândia surgiu em 2002 com a proposta de fazer um Black Metal com influências góticas e pagãs, mas parece que se encontrou mesmo no terceiro álbum, "Whitsongs" quando Lord Heikkinen parou de fazer tudo sozinho e montou uma banda completa. A vocalista Whisper foi incorporada e desde então tem um papel de destaque na trajetória da banda. O som em Elixir Mystica é baseado no metal extremo, com vocais rasgados como podemos ouvir na faixa título, mas a melodia gótica vai e vem com muita naturalidade, como podemos ouvir em "HateLoveChaos", onde os teclados comandados pelo vocalista Azhemin, mais conhecido por estar à frente do "Thy Serpent", aparecem com mais força. Há de se ressaltar a qualidade da voz de Whisper, (que já fez backing no Amorphis) como nas faixas "Black Stone March" e cantando de forma mais singela em "Tearflower". Os vocais cavernosos e limpos masculinos foram divididos entre Azhemin e Caeser e foram bem explorados nesta música. Heikkinen gravou as guitarras e o baixo enquanto Agathon ficou na bateria e fez alguns vocais também. Outros destaques ficam com a agressiva "Evolution" e com "Grey Shades Of Love". Um álbum indicado para quem deseja conhecer a banda.