Os americanos do Lamb of God ganharam popularidade rapidamente no início do milênio e muitos os creditavam como a banda substituta do Pantera na questão groove metal. Vivendo em uma era onde a música é consumida de forma descartável, acho que eles chegaram no topo daquilo que se espera de uma banda de metal nos nossos dias e minha bola de cristal diz que não teremos mais nenhum Metallica ou Iron Maiden enquanto vivermos no mundo da globalização tecnológica. Portanto em seu terceiro álbum o Lamb of God atingia uma quantidade de fãs que perdura por 20 anos, com algum crescimento exponencial pouco significativo ao longo do tempo. É um pouco difícil analisar "Ashes of the Wake" sem deixar de lado uma formação puramente thrash anos 90 e com pés fincados nos 80, onde os riffs, mesmo que sem o mesmo poder do pouco falado "new wave of the amercican heavy metal", ainda assim era mais cativante e menos repetitivo, criando uma identidade muito mais reconhecível em bandas como Kreator, Slayer ou Megadeth, enquanto estes não pensavam em incorporar nada em seu som, e ainda eram portadores da clave do sol, que ditava o que era o correto a ser feito na matéria da relevância. Portanto minhas preferências em "Ashes of the Wake" caminham na direção em que a banda pôde se esgueirar em direção aos anos 90. Nesta toada podemos mencionar o início de "Laid To Rest", onde os riffs mais limpos logo surpreendem, sendo aquele momento inesperado para quem não está tão acostumado ao som do cordeiro. Aliás algo interessante em se dizer, e que talvez você não saiba porque passou os últimos 24 anos em alguma missão espacial da NASA, é que muitos confundiram a banda com white metal naquela época, por ela se chamar "Cordeiro de Deus" traduzindo para o português e seu primeiro álbum "Novo Evangelho Americano", mas se eles soubessem que o nome anterior da banda era "Burn The Priest" ou "Queime o Padre", então... não precisamos dizer mais nada. "Hourglass" é uma faixa ainda melhor que a abertura, com aqueles breakdowns legais, mesmo que isso seja quase uma regra durante todo o álbum. "Now You' Ve Got Something To Die For", uma música muitas vezes citada como a mais fraca do play, tem um riff a cara daquele Slayer que tentou se envolver com Nu Metal, mas não é uma música ruim. Minha preferida é "The Faded Line", com aqueles gritos rasgados no refrão e um ritmo médio com guitarras cavalgadas e... breakdowns again! Vale citar "Omertá" e a instrumental faixa título com uma profusão de solos de guitarra, com participação de Chris Poland, ex Megadeth e Alex Skolnick do Testament, monstros do Thrash!
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