A banda sueca de black metal Lord Belial chegava a seu 5º full em 2004, chamado "The Seal of Belial". Confesso que este álbum me pegou de surpresa, pois o trabalho anterior, "Angelgrinder", possui uma brutalidade impecável, enquanto este opus, que não podemos dizer que não é brutal, vem rastejando do submundo, com músicas de ritmo médio a arrastadas. Com 50% de alteração na formação, a troca de um guitarrista e o baterista parecem ter um papel fundamental nesta mudança, pois estamos diante de um trabalho totalmente dark metal, termo que muitos não gostam, mas que serve para relacionar aqueles que praticam um black metal mórbido, enveredado ao death doom, e neste caso ouso dizer, próximo ao slow death. Como muitas vezes os sub gêneros são apenas para direcionar o ouvinte, tire suas conclusões, pois a bem da verdade estamos falando de um trabalho de metal extremo, com a maldade fluindo nas veias. Quem me conhece sabe o quanto aprecio a música arrastada, mas este álbum definitivamente não era o que eu esperava do Lord Belial. Após a semi intro "Prolusio: Acies Sigillum", a faixa "Sons of Belial" chega com peso, guitarras cheias de groove e um vocal rasgado forte, com algumas melodias acústicas interessantes. Você, que está ouvindo o álbum pela primeira vez (não é o meu caso, tenho este trabalho a alguns anos) fica intrigado porque os caras emendaram uma intro arrastada e logo outra música arrastada na sequência. Mas tudo bem, lá vem a "Chariot of Fire" pra corrigir isso, pois ela é... ainda mais arrastada? É quando você descobre que o álbum em mãos não tem nada a ver com o trabalho anterior, e precisa respirar e mudar a mentalidade para continuar a audição. Mas tudo bem, o som é legal e quando entra "Abysmal Hate" com aqueles blast beats a gente relaxa mais, só que a primeira impressão se agarra em nossa mente e insiste em permanecer, então eu sempre penso em "The Seal of Belial" como um álbum totalmente "slow". Mas ouça direito que você ainda encontrará uns 25% de movimentos mais acelerados. A produção de Thomas Backelin e And La Rocque (aquele mesmo) é muito boa, os instrumentos estão nítidos e soam bem. A capa é legal mas os tons muito escuros não deixam ver muitos detalhes, infelizmente. A vocalista Marielle Andersson mais uma vez dá o ar de sua graça com sua voz doce em "Legio Inferi", "Mark of the Beast" (ótima música) e na regravação de "Scythe of Death", sendo sua terceira participação em um álbum do Lord Belial. Formação: Thomas Backelin na guitarra e vocais e Anders Backelin no baixo, e os novatos Hjelmar Nielsen na guitarra e Daniel Moilanen na bateria. Indicado para fãs de Agathodaimon, Graveworm e Siebenburgen.
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