sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

20 anos de The Fragile Art Of Existence do Control Denied


O mundo costuma contradizer tudo aquilo em que acreditamos. Quis o destino que o criador do Death Metal, algumas vezes chamado de músico, mas que no Metal e Loucuras sempre foi chamado de gênio, o mestre Chuck Schuldiner, deixasse sobre a terra um último trabalho que nada tivesse a ver com o estilo criado por ele. Lançado em 1999, dois anos antes de sua trágica derrota para o câncer, The Fragile Art Of Existence, debut de seu projeto paralelo Control Denied, nasceu em meio à incerteza de continuidade do gigante Death da Flórida. Forjado sobre o Progressive Power Metal, o álbum para alguns soa como uma sequência de The Sound Of Perseverance. O que não é nenhum exagero se considerarmos que o último trabalho do Death tinha muito mais de progressivo que de Death Metal. Com uma arte de capa artisticamente bela, de várias possíveis interpretações, o play abre contradizendo a máxima de que um bom álbum começa com uma música rápida e de pouca duração, e manda de cara 7 minutos de Consumed. De cara temos no instrumental toda a influência de Perseverance, com aquelas quebradas típicas e de muito bom gosto, acompanhadas pelo vocal de Tim Aymar, que lembram muito algumas fases do Annihilation. Já Expect The Unexpected tem alguns riffs que lembram o Carcass, mas é algo bem sutil dentro de uma canção com tantas características abrangentes. Em alguns momentos os vocais lembram também o finado Warrel Dane na época de Sanctuary. Shannon Hamn dividiu as guitarras com Chuck, o mesmo músico de Perseverance e que esteve nos palcos nos últimos anos de Death. Na bateria Richard Christy que também tocou no Death em seus últimos anos, além de ter feito história no Iced Earth durante 4 anos, gravando o clássico Horror Show e o contestado Glorious Burden com Tim Ripper Owes nos vocais. Hoje ele toca no Charred Walls of the Damned. E no baixo outro monstro, o grande e que dispensa apresentações Steve DiGiorgio. O álbum fecha com a épica faixa título com quase 10 minutos de muita melodia e que é bem agradável aos ouvidos. Puxa vida gênio, parece que foi ontem que você se foi. Mas sua arte será eterna!

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