domingo, 29 de dezembro de 2019

20 anos de Spiritual Black Dimensions do Dimmu Borgir

                   

A banda gostou da ideia de um nome triplo com o lançamento de Enthrone Darkness Triumphant e manteve esta característica por alguns álbuns, sendo Spiritual Black Dimensions o segundo da sequência, mas que também poderia se chamar Arcane Lifeforce Mysteria, a nona e última faixa deste trabalho. Depois de um álbum sensacional, a turma de Shagrat e Silenoz resolveu aprofundar ainda mais no Symphonic do estilo e com a ajuda de Vortex galgou mais alguns degraus rumo ao máximo que uma banda de metal extremo pudesse alcançar. Com Mustis tendo maior liberdade para utilizar seu instrumento, os teclados estão mais na cara, e muitas texturas e camadas foram utilizadas para deixar o clima mais carregado e com mais melodia. Astennu e Silenoz continuam fazendo um grande trabalho nas guitarras, enquanto Nagash que já se despedia para se concentrar no Covenant segurava toda a complexidade musical do Dimmu com seu baixo ao lado de Tjodalv na bateria. Formação que seria bem diferente no próximo trabalho. Vortex, então à frente do Borknagar, e que acabara de vencer o prêmio de melhor vocalista de metal extremo da Noruega, brilhou com vocais limpos em 4 faixas deste álbum, fazendo com que o Dimmu se destacasse dentre um turbilhão de bandas do mesmo estilo que apareceu no final dos anos 90. Em alguns momentos como The Blazing Monoliths of Defiance, parece que ainda estamos ouvindo o play anterior, tamanha similaridade. Porém é em músicas como Reptile e Dreamside Dominions que os noruegueses mostraram que não iriam apenas repetir a fórmula de um álbum vencedor, mas levá-lo adiante para conquistar mais fãs mundo afora. A arte da capa ficou sensacional, a melhor até então, com o anjo amordaçado na cruz e as asas em chamas, com cores predominantemente verdes, mas com o amarelo quebrando um pouco, realmente melhor em relação à arte anterior. O Dimmu crescia e alcançava criaturas que não faziam parte do meio Black Metal, abrindo portas para outras bandas, inclusive em veículos de comunicação metálica. Um play com 20 anos de lançamento mas que continua com cheirinho de novo.

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