quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Bewitchment - Oblivion Shall Reign


Em entrevista publicada em nossa página dia 01º de Julho deste ano, o grande Rhodz, a mente por trás do Bewitchment, nos revelou em primeira mão o nome do sucessor de Towards Desolation, o magnífico Oblivion Shall Reign, que chegou em grande estilo às prateleiras de todo o Brasil neste fim de ano. Contando mais uma vez com Márcio Aranha para a capa que, registre-se, fez um trabalho primoroso, sobressaindo-se à arte do debut. Agora em tons mais escuros com ênfase no azul, Aranha nos brinda com um trono num cenário fúnebre repleto de lápides, que inclusive contam com os nomes gravados destes dois senhores, caso vocês prestem bastante atenção. Quem ajudou nesta empreitada também foi Henrique Perestrelo, vocalista e guitarrista da banda Heritage, com solos de guitarra que enriqueceram muito o trabalho. O álbum começa com From My Throne, que a galera já conhecia por ser o primeiro single lançado há alguns meses. Nela já podemos perceber a bateria bate estaca característica do Death Metal, os vocais de Rhodz mais urrados que no álbum anterior e um estilo que nos lembra o Death sueco de bandas como Entombed. O solo desta música é um destaque.
O Violador de Sepulturas segue com bases pesadas que remetem ao Death Metal dos anos 90 e novamente temos um ótimo solo como destaque. Grotesque Retribution surge em meio a teclados com clima mórbido e denso e a música vai na veia de bandas europeias como Morgoth e principalmente o Asphyx, com aqueles vocais urrados e indecifráveis em meio ao instrumental mais arrastado. Excruciating Sickness é outra podrona que até lembra um pouco de Pungent Stench. Fall Into Oblivion que já é minha preferida tem um ótimo início mais cadenciado, vocais mais definidos e daquelas bases preparadas unicamente para você bater cabeça. Drowning In Darkness se diferencia pelas guitarras soladas com vocais sobrepostos que deixaram o baixo bem audível. É uma porrada que só quebra o andamento pouco antes do encerramento. Comedores de Carne Humana Podre, apesar do nome horrendo (hehe) chega num momento que tem um arranjo de guitarras lindo com um acompanhamento de teclados ao fundo (se é que eu já não estava embriagado nesta parte). E pra fechar My Morbid Thoughts trás um dedilhado dissonante no início e fim, com boas doses de bases cavalgadas em sua estrutura, além de ainda contar com um bom solo. Grande trabalho do Bewitchment, uma das grandes revelações do Death Metal nacional nos últimos anos, e que mereceu o carimbo de "FUDIDO" do Metal e Loucuras.

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