O Stormlord de Roma, na Itália, continua percorrendo os caminhos do underground e acredito que exclusivamente por ter nascido em um país de quase nenhuma expressão no metal extremo, salvo alguns exemplos, porque se dependesse apenas do som excepcional que praticam, com certeza teriam cruzado oceanos conquistando o mundo. Em "At The Gates of Utopia", seu segundo trabalho, os italianos seguem o mesmo caminho de "Supreme Art of War", com um black metal rápido e épico, com temática bélica e muitos teclados acompanhando riffs ora cavalgados, ora beirando a antiga escola do thrash alemão. A diferença é que este play está melhor produzido dando um pouco mais de força nas guitarras de Pierangelo Giglioni. Um segundo guitarrista foi adicionado ao grupo pouco depois, Giampaolo Caprino, e o vídeo clipe nojento para a ótima "I Am Legend" foi produzido com ele no line up. O vocalista Cristiano Borchi se soltou bem mais neste play, além de melhorar a performance nos vocais que não são os tradicionais rasgados. A cozinha continua sendo preparada por David Folchitto na bateria e Francesco Bucci no baixo, e para os teclados foi recrutado desta feita Simone Scazzocchio, que continuou a proposta inicial de acompanhar o instrumental sem destoar da pancadaria. O álbum em um todo é melhor que o debut, porém é mais homogênio, o que torna o debut um clássico com músicas que têm vida própria. "At The Gates of Utopia" tem no peso da guitarra quase death metal de músicas como "A Sight Inwards", "I Am Legend" e a poderosa "The Curse of Medusa" um diferencial que alegra os batedores de cabeça. A versão mexicana do álbum, pela Scarecrow Records, traz 2 covers, um para "Baphomet" do Death SS e outra ao vivo para "Creeping Death" do Metallica, mostrando que o lado thrash presente no instrumental da banda não é por acaso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário