terça-feira, 28 de dezembro de 2021

20 anos de Megalomania do Enslavement of Beauty


Sabe aquele tipo de álbum que você não dá nada por ele ao observar uma prateleira (ou uma exposição no site, que seja), pois quase nunca ouviu falar na banda. A forma do logo da banda talvez faça pensar em algo gótico e o título um death melódico e a imagem talvez será a junção de tudo isso. Mas o pezinho da banda está fincado no black metal sinfônico, com uma enorme porcentagem gótica e a banda nem é sueca, é norueguesa mesmo. Acrescente a este caldeirão uma pitada generosa de Shakespeare e um pano de fundo teatral com letras carregadas de libido. Megalomania é um álbum acima de tudo, muito prazeroso. Você não vai bater cabeça ou cortar os pulsos. Vai saborear como um vinho ou uma peça de teatro onde todos os atores trajam vestes de séculos passados e têm feições vampirescas. Os teclados são o centro das atenções nos instrumentos, mas os fraseados de guitarras parecem fugir da tendência black metal e mergulhar no gótico mais negro que puder encontrar. Você encontra referências a "Covenant" antigo, Cradle of Filth, e coisas do gênero. Os vocais são na maioria das vezes rosnados, com algumas frases e gritos femininos e masculinos e até intervenções eletrônicas de forma comedida, mas o forte mesmo são as melodias que permeiam todo o trabalho. Uma música que indico para quem não conhece a banda seria "Benign Bohemian Brilliance". Ela contém tudo que descrevemos e que irá fazer você amar (ou odiar) a banda. Porque gosto é gosto.
 

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