domingo, 26 de dezembro de 2021

20 anos de Chapter III do Agathodaimon!!!


Finalmente os músicos do Agathodaimon tiveram a calma necessária para a gravação de um álbum completo. Após os problemas com visto de entrada do vocalista Vlad no primeiro trabalho e os problemas com produção do segundo play, agora o capítulo III da trajetória gothic/symphonic/black ganhou vida em um trabalho, no mínimo, espetacular. A capa, em tons azuis como de praxe, é belíssima, e ganhou nome do álbum e logo da banda em baixo relevo prateado, bonito e raro há vinte anos. O som do Agathodaimon ficou um pouco mais direto, reduzindo aquelas nuances black metal que dão certa crueza, fazendo com que sua música tivesse mais pompa, com uma produção lapidada nos padrões do death melódico, e se a banda objetivava uma qualidade superior na produção, ela conseguiu. Infelizmente não temos nenhuma música cantada em romeno, era um diferencial nos álbuns anteriores, pois a língua da terra da Transylvânia tem um apelo maligno que casou perfeitamente com o black metal com passagens doom que eles praticavam. Mas aqui temos vocais rasgados por todos os lados com vocais góticos de beleza negra, algumas vezes estes vocais limpos estão à frente, como em "Departure", mas comumente eles são um complemento. "Chapter III" é um trabalho a ser ouvido do começo ao fim, e apreciado a cada bela nota, mas preciso citar duas músicas que fazem dele um dos melhores trabalhos do gênero. A primeira é "Spirit Soldier", a música mais brutal do álbum, com os vocais rasgados inspirando ódio maquiavélico sobrenatural e riffs rápidos que te farão bater cabeça e cair no mosh sem medo de ser feliz. A segunda é um épico que mistura uma tristeza tão real, intercalada a momentos de desespero tão repugnante, que farão com que ela grude em sua mente de imediato. Falo da linda "Sacred Divinity", música que veio para competir com a clássica "Tristetea Vehementa" do primeiro álbum, em beleza, melodias dark e aquele pé no black/doom. Riffs quebrados e um trabalho de bateria de cair o queixo fecham o petardo com a ótima "Burden of  Time". Se você ama este estilo e não conhece este opus, está perdendo uma das melhores obras compostas nesta vida. 

 

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