A vida do Angra nunca foi das mais tranquilas, principalmente após o sucesso alcançado com o primeiro álbum, o aclamado "Angels Cry" de 1993. Em 2001 a banda, que já era um sucesso gigante, em mercados como o nacional e o japonês, lançava seu quarto trabalho sob o olhar apreensivo de fãs e atento dos críticos, pois apresentava um novo vocalista, o pouco conhecido Edu Falashi, até então frontman do Symbols, assim como o baixista Felipe Andreoli, (Karma, Firesign, Di'Anno) e do baterista Aquiles Priester (Hangar), depois da ruptura repentina de André Matos, Confessori e Luis Mariutti. A arte, mais uma vez criada por Isabel de Amorim, é de tirar o fôlego, e mesmo que a imagem original da estátua do anjo já existisse e também estampou capas de álbuns do Death SS e The Doors anos depois, a montagem da artista sobre um mundo com o que parecem reservatórios de petróleo (10 anos antes vivíamos a guerra no Golfo e o controle do petróleo foi um dos maiores motivos) e as cores utilizadas por ela, deram vida própria à imagem que é uma das mais belas do Angra até hoje. Já o som do Angra foi um deleite para seus admiradores, considerado por muitos uma volta às raízes da banda, sem muitas influências brasileiras (ok, Unholy Wars parece desmentir isso) ou a velocidade inerente ao power metal melódico. "Rebirth" é um álbum com mais alma, e os novos integrantes chegaram prontos para fazer história, cada um se destacando em seu posto, mesmo que as guitarras de Kiko Loureiro e Rafael Bittencourt ditem a maioria das regras. Complicado citar as melhores, temos momentos excelentes em todo o álbum, aquela sensação meio "Savatage" na faixa título, a complexidade muito natural da já citada "Unholy Wars", os momentos de teclados e violão de "Judgement Day"... Um grande álbum, senão um dos melhores da carreira da banda. A prova de que mudanças trazem desafios àqueles que tiverem inteligência e talento para se superar,
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