Criatura, eu simplesmente amo este disco. É tão bom quando chega a hora de resenhar um álbum que a gente gosta pra caraca, de uma banda que a gente gosta mais ainda. Eu já estava feliz por "The World Needs A Hero" ter trazido de volta o Megadeth depois daquela coisa morna chamada "Risk", então, quando esse petardo foi anunciado em 2004, já fiquei naquela expectativa, nem ao menos apagada quando soube que a formação não teria David Ellefson, mas sim o mestre Mustaine com músicos contratados, sendo o mais aguardado Chris Poland, guitarrista original da banda, com o desconhecido Jimmy Sloas no baixo e um improvável Vinnie Colaiuta (Frank Zappa, Sting e Jeff Beck) na bateria. Nada disso impede de fazer de "The System Has Failed" o melhor álbum do Megadeth na era pós Risk, mesmo que eu também venere "End Game", "Th1rt3en" e "Dystopia". A começar pela capa que traz nosso amigo Vick em primeiro plano com uma fila de políticos famosos fazendo o que sabem de melhor, ou seja, conspirando e se vendendo. Mas vamos aos sons. O primeiro é "Blackmail The Universe", com algumas palhetadas que remetem àquela aura de "Dawn Patrol" do Rust In Peace. Uma música tipicamente Megadeth, thrash em sua essência da forma que eles se apresentaram ao mundo, mesmo que sem aquela agressividade inicial, porém com mudanças de andamento, aliás, algo constante neste álbum, cada música traz uma surpresa nos andamentos, alguns esperados e outros simplesmente inimagináveis. O vocal de Dave está ótimo, obrigado e até entendo quem não goste, mas eu acho sensacional. "Die Dead Enough" é o tipo de música que poderia estar em "Countdown To Extinction", com aquele ritmo mediano e refrão grudento. Já a terceira faixa é minha preferida, "Kick The Chair" (alô Datena) que também poderia levar o nome do álbum, é tão perfeita, com um início bem Rust In Peace, bateria empolgante e riffs quase cavalgantes, um refrão fortíssimo após um breakdown. "The Scorpion" é uma excelente surpresa, começa com uma melodia de guitarra enquanto sons de crianças brincando ao fundo, quando entra um riff médio e Dave cantando daquela forma mais aguda que remete imediatamente ao álbum "Youthanasia", com um peso adicional na guitarra. Em "Tears In a Vial" o baixo estalando chama atenção e uma aura "Cryptic Writings" vem à mente, e você começa a perceber que Mustaine tentou emular várias nuances de sua trajetória neste álbum, e melhor que isso, ele conseguiu. O álbum traz muitos solos de guitarra (chupa essa St Anger), alguns excelentes e outros nem tanto, mas o que importa é que eles não foram esquecidos. "I Know Jack" é um interlúdio de 40 segundos que serve de abertura para "Back In The Day", uma ode ao estilo de vida heavy metal, acelerada e que tem a mudança de andamento menos esperada do álbum, como se fossem duas músicas distintas emendadas, mas que eu acho sensacional, e é também uma de minhas preferidas. "Something That I'm Not" é uma música com energia, e sua letra me faz pensar que ele possa ter escrito pensando em algum ex amigo de outra banda famosa mas, não posso afirmar isso. "Truth Be Told" inicia como uma balada, mas quando carrega o refrão, você percebe que é um dos melhores do álbum, e novamente vem algo de Countdown... e com um dos melhores solos do álbum, mesmo que a segunda parte tenha um riff xerox de Hangar 18, e ainda tem um final apoteótico e raivoso. "Of Mice And Men" é uma música até legal que comete um pecado de repetir o refrão excessivamente, nada que não possa ser perdoado. "Shadow of Deth" nem chega a ser uma música completa, para Dave acho que o vale mais nela é a narrativa, mas eu fico com aquela melodia solada de guitarra. O trabalho fecha com "My Kingdom" que não decepciona, tem até aquele som de guitarra aberto de "When" do álbum anterior, mas mostra que as 3 últimas músicas estão 1 degrau abaixo do restante do álbum. Tudo bem, 9 músicas perfeitas em um álbum de 12 é algo pra se tirar o chapéu.
segunda-feira, 28 de outubro de 2024
domingo, 27 de outubro de 2024
20 anos de Temple of Shadows do Angra!!!
Se o álbum anterior, "Rebirth", foi na maioria das vezes comandado pelas guitarras, o mesmo não pode se dizer de "Temple of Shadows", quinto álbum do Angra, lançado em 2004. Mesmo que Kiko e Rafael tenham feito um ótimo trabalho, sinto falta dos riffs. Há muita melodia espalhada pelas músicas, que possuem muita identidade cada uma, algo bem difícil de se conseguir em um trabalho com mais 60 minutos de duração, mas que os brasileiros conseguiram com maestria. Por ser uma obra conceitual contando a história de um cavaleiro templário que passa a questionar sua fé e sofre múltiplos perrengues em sua trajetória, acaba influenciando para que tenhamos poucas músicas explosivas, e muitos momentos melódicos, mesmo que eu considere balada mesmo apenas a música "Wishing Well", dentre as demais acusadas de terem seus momentos. "Morning Star" por exemplo, mesmo com toda melodia, ainda tem um trabalho de guitarra bem pesado em algumas partes. Interessante ouvir a voz do Blind Guardian em "Winds of Destination", já que alguns críticos têm o descaramento de dizer que o Angra é uma versão dos alemães, coisa bem bizarra de se dizer. Minha preferência vai para as mais rápidas, como a ótima "The Temple of Hate", um power metal direto ou "Spread Your Fire", que salta aos falantes após a intro "Deus Le Volt" e tem um coral quase à capela para diferenciar seu final. Influência da música popular brasileira? Sim, temos em "Sprouts of Time" e "Late Redemption" com uma participação mais que especial de Milton Nascimento, que fez com que Edu Falaschi se desdobrasse ainda mais para entregar um vocal soberbo. A música "The Shadow Hunter" também deve ser mencionada, com uma estrutura progressiva de bom gosto. A arte da capa mais uma vez merece uma nota alta, que retrata São Jorge numa figura vítrea de igreja, sobre seu cavalo e atacando um dragão, com várias simbologias espalhadas sobre. Se o Sepultura é o lado negro da força do metal nacional, o Angra é o lado da luz.
quarta-feira, 23 de outubro de 2024
20 anos de Sardonic Wrath do Dark Throne!!!
Enquanto a banda conterrânea e contemporânea Mayhem lançava seu 3º álbum completo, os noruegueses do Dark Throne, conhecidos como Nocturno Culto e Fenriz, já soltavam no mercado seu 11º petardo em 2004, intitulado "Sardonic Wrath". Com uma carreira consolidada dentro do black metal, a banda sempre primou pela simplicidade em sua música, mas este trabalho divide a opinião geral, e geralmente não é citado como o preferido na extensa discografia. O correto é que ele entrega justamente o que o Dark Throne sabe fazer de melhor. Um som cru, sujo, frio, alternando entre o acelerado e o médio, com vocais rasgados. Nenhuma melodia bonitinha, nada para desviar a atenção como o outdoor de uma mulher bonita na beira da estrada, aqui o som segue em linha reta. A intro "Order of the Ominous" é totalmente dispensável, barulhos irritantes que desanimam qualquer ouvinte. Mas "Information Wants To Be Syndicated" traz bons riffs e uma energia segura, baixando a pegada para algo mais arrastado no final, enquanto "Sjakk Matt Jesu Krist" é bem forte e dinâmica. Particularmente prefiro as músicas que variam o ritmo ou têm uma levada mais mórbida, que é justamente o que entrega "Straightening Sharks in Heaven", um estilo que conserva o som dos anos 90, antes que ele decidisse que seria melhor ser mais brutal ou mais melódico, em outras bandas, é claro. Talvez a birra de alguns com este play seja o sentimento de que poderia ser mais agressivo, expirando mais ódio, algo que você encontra na faixa "Hate Is The Law", mas não é o suficiente para te condenar ao inferno. O álbum, que foi dedicado ao mestre Quorthon, tem uma arte de capa bem legal, com todos aqueles anjos apontando espadas para pessoas num cenário totalmente obscuro. "Rawness Obsolete" finda o opus de forma arrastada e com uma aura extremamente maligna, lembrando aquelas faixas que o Marduk da Suécia gravou em "La Grande Danse Macabre" de 2001. Eu diria que vale a pena conferir este play caso você não seja aquele fã ferrenho do Dark Throne e curte black metal ríspido.
domingo, 20 de outubro de 2024
20 anos de Ashes of the Wake do Lamb of God!!!
Os americanos do Lamb of God ganharam popularidade rapidamente no início do milênio e muitos os creditavam como a banda substituta do Pantera na questão groove metal. Vivendo em uma era onde a música é consumida de forma descartável, acho que eles chegaram no topo daquilo que se espera de uma banda de metal nos nossos dias e minha bola de cristal diz que não teremos mais nenhum Metallica ou Iron Maiden enquanto vivermos no mundo da globalização tecnológica. Portanto em seu terceiro álbum o Lamb of God atingia uma quantidade de fãs que perdura por 20 anos, com algum crescimento exponencial pouco significativo ao longo do tempo. É um pouco difícil analisar "Ashes of the Wake" sem deixar de lado uma formação puramente thrash anos 90 e com pés fincados nos 80, onde os riffs, mesmo que sem o mesmo poder do pouco falado "new wave of the amercican heavy metal", ainda assim era mais cativante e menos repetitivo, criando uma identidade muito mais reconhecível em bandas como Kreator, Slayer ou Megadeth, enquanto estes não pensavam em incorporar nada em seu som, e ainda eram portadores da clave do sol, que ditava o que era o correto a ser feito na matéria da relevância. Portanto minhas preferências em "Ashes of the Wake" caminham na direção em que a banda pôde se esgueirar em direção aos anos 90. Nesta toada podemos mencionar o início de "Laid To Rest", onde os riffs mais limpos logo surpreendem, sendo aquele momento inesperado para quem não está tão acostumado ao som do cordeiro. Aliás algo interessante em se dizer, e que talvez você não saiba porque passou os últimos 24 anos em alguma missão espacial da NASA, é que muitos confundiram a banda com white metal naquela época, por ela se chamar "Cordeiro de Deus" traduzindo para o português e seu primeiro álbum "Novo Evangelho Americano", mas se eles soubessem que o nome anterior da banda era "Burn The Priest" ou "Queime o Padre", então... não precisamos dizer mais nada. "Hourglass" é uma faixa ainda melhor que a abertura, com aqueles breakdowns legais, mesmo que isso seja quase uma regra durante todo o álbum. "Now You' Ve Got Something To Die For", uma música muitas vezes citada como a mais fraca do play, tem um riff a cara daquele Slayer que tentou se envolver com Nu Metal, mas não é uma música ruim. Minha preferida é "The Faded Line", com aqueles gritos rasgados no refrão e um ritmo médio com guitarras cavalgadas e... breakdowns again! Vale citar "Omertá" e a instrumental faixa título com uma profusão de solos de guitarra, com participação de Chris Poland, ex Megadeth e Alex Skolnick do Testament, monstros do Thrash!
segunda-feira, 14 de outubro de 2024
20 anos de The Seal of Belial do Lord Belial!!!
A banda sueca de black metal Lord Belial chegava a seu 5º full em 2004, chamado "The Seal of Belial". Confesso que este álbum me pegou de surpresa, pois o trabalho anterior, "Angelgrinder", possui uma brutalidade impecável, enquanto este opus, que não podemos dizer que não é brutal, vem rastejando do submundo, com músicas de ritmo médio a arrastadas. Com 50% de alteração na formação, a troca de um guitarrista e o baterista parecem ter um papel fundamental nesta mudança, pois estamos diante de um trabalho totalmente dark metal, termo que muitos não gostam, mas que serve para relacionar aqueles que praticam um black metal mórbido, enveredado ao death doom, e neste caso ouso dizer, próximo ao slow death. Como muitas vezes os sub gêneros são apenas para direcionar o ouvinte, tire suas conclusões, pois a bem da verdade estamos falando de um trabalho de metal extremo, com a maldade fluindo nas veias. Quem me conhece sabe o quanto aprecio a música arrastada, mas este álbum definitivamente não era o que eu esperava do Lord Belial. Após a semi intro "Prolusio: Acies Sigillum", a faixa "Sons of Belial" chega com peso, guitarras cheias de groove e um vocal rasgado forte, com algumas melodias acústicas interessantes. Você, que está ouvindo o álbum pela primeira vez (não é o meu caso, tenho este trabalho a alguns anos) fica intrigado porque os caras emendaram uma intro arrastada e logo outra música arrastada na sequência. Mas tudo bem, lá vem a "Chariot of Fire" pra corrigir isso, pois ela é... ainda mais arrastada? É quando você descobre que o álbum em mãos não tem nada a ver com o trabalho anterior, e precisa respirar e mudar a mentalidade para continuar a audição. Mas tudo bem, o som é legal e quando entra "Abysmal Hate" com aqueles blast beats a gente relaxa mais, só que a primeira impressão se agarra em nossa mente e insiste em permanecer, então eu sempre penso em "The Seal of Belial" como um álbum totalmente "slow". Mas ouça direito que você ainda encontrará uns 25% de movimentos mais acelerados. A produção de Thomas Backelin e And La Rocque (aquele mesmo) é muito boa, os instrumentos estão nítidos e soam bem. A capa é legal mas os tons muito escuros não deixam ver muitos detalhes, infelizmente. A vocalista Marielle Andersson mais uma vez dá o ar de sua graça com sua voz doce em "Legio Inferi", "Mark of the Beast" (ótima música) e na regravação de "Scythe of Death", sendo sua terceira participação em um álbum do Lord Belial. Formação: Thomas Backelin na guitarra e vocais e Anders Backelin no baixo, e os novatos Hjelmar Nielsen na guitarra e Daniel Moilanen na bateria. Indicado para fãs de Agathodaimon, Graveworm e Siebenburgen.
sábado, 12 de outubro de 2024
20 anos de Leaders Not Followers part II do Napalm Death!!!
A primeira parte de "Leaders Not Followers" veio em forma de EP em 1999, e é provável que tenha sido tão aclamada que o Napalm Death gravou a parte 2 em formato de full álbum em 2004. Álbuns cover nunca são jogo ganho, e alguém sempre irá reclamar que a banda tenha assassinado alguns de seus clássicos preferidos, mas temos dois pontos a dizer sobre isso. O primeiro é que a trupe que ousa gravar as músicas de outros precisa ser uma banda competente e com seu público fiel, algo que estes ingleses se encaixam perfeitamente. Segundo, que eles foram espertos o suficiente para colocar poucos clássicos aqui, e muitas músicas são um tanto obscuras no cenário, e foram transformadas de forma que ouvintes incautos talvez nem saibam que estão ouvindo um trabalho de versões. Dito isso, vamos aos destaques desta bolacha, que são nada menos que 19 faixas em aproximados 43 minutos de caos, pancadaria e muito bom gosto. A primeira surpresa vem na primeira faixa, "Lowlife", da banda Cryptic Slaughter, onde os vocais urrados de Barney Greenway são acompanhados pela voz esganiçada do baixista Shane Embury de uma forma sensacional, depois de um início apenas na bateria de Danny Herrera e as guitarras de Mitch Harris galopando num breakdown de tirar sorriso em qualquer rosto carrancudo. "Face Down in the Dirt" já merece citação por me fazer lembrar de alguma coisa de nosso Ratos de Porão, música composta pelo The Offenders. Importante falar que quase tudo neste álbum tem uma origem hardcore e punk, que casou perfeitamente com o grind death metal do Napalm. "Messiah" do Hellhammer é outro momento especial da bolacha, mesmo que o som seja menos visceral que a maioria das músicas, ficou muito bom. Uma trinca de respeito começa na 9ª faixa, a música "Master" da banda e álbum de mesmo nome que é uma das maiores obras do death metal americano e ficou a cara do Napalm, seguida de "Fire Death Fate" do Insanity, banda americana de death metal, música que está em seu álbum "Death After Death" de 1993, e a clássica "Riot of Violence" do Kreator, a música mais diferente deste álbum de versões, porque mesmo que seja de uma fase mais agressiva dos alemães, presente em seu segundo álbum, "Pleasure To Kill", ela tem muitas variações rítmicas, contrastando com as demais canções mais retonas que casam com o som do Napalm, mas que não precisa repetir que adorei. E para não estender demais nossa resenha, finalizamos citando (e não poderia ser diferente) uma versão poderosa para "Troops of Doom", presente em "Morbid Visions" do Sepultura, forjada em nossa terra mineira, com aquele riff carregado de maldade que só a MGArea conseguia fazer e influenciou outras localidades do mundo inteiro, proferida pela lenda Napalm Death com precisão e com Barney ainda mandando em português aquele famoso 1 2 3 4 no início. "Leaders Not Followers part II", estreia da banda inglesa na Century Media, não é apenas um caça níquel para compor coleção. Ele é imprescindível para quem curte metal extremo com influências de hardcore. Fico aqui com este riff inicial e maravilhoso de "Bedtime Story", do Dayglo Abortions!
segunda-feira, 7 de outubro de 2024
20 anos de Epic do Borknagar!!!
O sexto trabalho de estúdio dos noruegueses do Borknagar, nomeado "Epic", é a exata continuação do trabalho anterior, "Empiricism" que foi a estreia de Vintersorg como vocalista da banda do guitarrista Oysten G. Brun. Mas claro que 3 anos entre os trabalhos traria alguma mudança, que percebemos e relataremos a seguir, mas raramente encontrei um trabalho de uma banda que soasse como uma progressão tão natural e próxima, como se fossem irmãos gêmeos, a não ser é claro, quando foram álbuns lançados para serem um duplo, mas não sendo, como Lemuria e Sirius B do Therion ou Load e Reload do Metallica. Mas então o que difere Epic de Empiricism? Primeiro que "Epic" é um "Empiricism" melhorado. A mesma força progressiva aparece nos dois trabalhos, mas neste álbum ela está menos forçada e aparece de forma muito mais natural, sem parecer que a banda está te empurrando isso goela abaixo. Os músicos captaram a essência folk viking e casaram com o black metal, criando uma trinca entrelaçada onde os três poderes se equivalem e nenhum sobrepõe ao outro. Segundo que o trabalho vocal, seja o rasgado ou o limpo, estão muito superiores ao anterior, com músicos muito mais à vontade para rosnar ou cantar sobre um instrumental com muitas variantes, que permitem esta dualização de forma pura e desafiante. E algumas coisas que para alguns idiotas parece bobagem de jardim de infância, como aquele ôôô ôô no final da música (sensacional música) "Origin" quando apresentados por músicos que sabem o que querem e melhor ainda, sabem fazer isso de forma natural, deixa tudo muito mais rico e interessante e são estes pequenos detalhes que diferenciam os reis dos escravos. E todo equilíbrio durante as canções é de se louvar, seja nos momentos acústicos de "Sealed Chambers of Electricity" ou na agressividade de "Future Reminiscence" ou a combinação destes dois momentos na ótima "Traveller" e o interlúdio instrumental muito bem vindo de "The Weight of Wind". Além de Oysten e Vintersorg temos Lars Nedland nos teclados e backing vocals e Asgeir Mickelson no baixo e bateria, já que Tyr, o baixista anterior pulou fora. "Epic" é um trabalho para se ouvir inteiro, do alpha ao ômega, prestando atenção nos detalhes, e se o Metal e Loucuras fosse uma página escolinha, daquelas que dá notas para os álbuns, como se existisse uma regra pra fazer metal, "Epic" só não ganharia um 10 porque tem um tal de Hammond que eu costumo achar que não combina muito com metal extremo. Mas aqui não é uma página escolinha. 20 anos de um álbum épico!
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