domingo, 17 de outubro de 2021

20 anos de Destroyer of Worlds do Bathory!!!

 


Quorthon era um daqueles músicos que não se prendia a rótulos e mesmo que alguns trabalhos do Bathory se encaixem cada qual em uma fase da carreira, sempre houveram mudanças entre eles. Claro que ele está no hall dos músicos de metal extremo mais respeitados na história do heavy metal, e talvez por isso, falar de trabalhos abaixo do esperado. seja tarefa árdua e muitas vezes com peso na consciência. Mas vamos aos fatos: quando ouvi este trabalho há 20 anos, eu simplesmente o deixei de lado e a fita cassete em que o gravei deve ter sido ouvida no máximo 2 vezes até então. Claro que ouvindo agora para a resenha, podemos ser mais justos com a obra apresentada. De cara temos 3 músicas que honram a trajetória viking da banda que criou este estilo, mesmo que a produção do álbum não seja a oitava maravilha do mundo. "Lake of Fire" abre com um dedilhado que pode ser um dos mais belos da história do Bathory e a música em si apresenta mudanças de vocais e dentre elas alguns tirados da caixinha do "Twilight of the Gods" que matam a saudade daquela fase mágica. "Destroyer of Words" e "Ode" já poderiam fazer parte de "Blood On Ice", pois seguem aquele som viking mais despojado e se afastando da melancolia que caracterizam "Twilight..." Aí temos "Bleeding", totalmente diferente do que foi apresentado até aqui, remetendo aos álbuns "Octagon" e "Requiem", que são mais próximos do death metal com pitadas de rock 'n roll sujo. Se você é fã daquela fase, vá fundo nesta música. Já "Pestilence" apresenta bastante peso, com o baixo estalando, mas os vocais de Quorthon parecem ter saído direto das fitas de pré produção para o CD final e se estivessem melhor produzidos teríamos outra grande música. "109" até tem bons riffs cavalgados mas os vocais são talvez os piores já gravados por Quorthon. talvez superados em ruindade apenas em "Krom" e "Kill Kill Kill" , faixas do álbum. Na verdade daí em diante pouco se salva, para os pouco conservadores talvez o tom de protesto de "Liberty & Justice", ou para os conservadores a quase épica "Day of Wrath". Claro que o álbum tem seus fieis defensores, mas a verdade é que não passa de uma colcha de retalhos, muito aquém do que seu fundador tinha capacidade de apresentar.



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