domingo, 3 de outubro de 2021

20 anos de In Torment In Hell do Deicide!!

 


Se "Insineratehymn" de 2000 sofreu o trauma de suceder quatro obras seminais, "In Torment In Hell" sofreu o trauma de suceder um álbum criticado. Mas ouça os 31 minutos desta pancadaria sonora que qualquer reação negativa será permanentemente rejeitada. A arte da capa remete ao Cannibal Corpse, porém com os símbolos capetísticos inerentes ao abençoado Glen Benton, trazendo o tradicional logo e o título do álbum em vermelho sobre tons cinzas. Aliás que fique registrado que mesmo o trabalho anterior não tendo o nome da banda na capa, o Deicide jamais abriu mão de seu logotipo tradicional.  In Torment ainda traz bons riffs de Death Metal, mesmo que anos depois Glen tenha dito que os irmãos Hoffman já não contribuiam com nada mais tão criativo para a banda, mas a velocidade do instrumental aqui nos remete ao clássico "Serpents of the Light", mesmo que o impacto das duas obras tenham sido bem diferentes cada um em sua época. Benton ainda urra belas blasfêmias agonizantes, como sempre, e a vociferação atinge a perfeição em faixas como "Christ Don't Care", além de trazer uns berros diferentes do usual em uma parte de "Vengeance Will Be Mine". "Child of God" é outro grande momento, com riffs furiosos, vocais que você não consegue imaginar onde o cara consegue tirar fôlego, bateria de Steve Asheim martelando impiedosamente, mesmo que os solos de guitarra não sejam nenhuma reinvenção da roda. Alguns criticam a produção deste álbum e a banda realmente acusa a Roadrunner de apressá-los a finalizar o trampo, o que não é de assustar visto que a gravadora naquele período estava dando as costas àqueles que ajudaram a colocar grana na conta bancária da gravadora, mas a produção a meu ver não reduz em nada a pontuação deste play (se houvesse pontuação mas não, isto não é uma prova escolar). "In Tormet In Hell" pode não estar entre os melhores lançamentos do Deicide, mas se o compararmos ao já citado e quase arrastado álbum anterior ou trabalhos que vieram entre 2006 e 2011, com certeza ele tira de letra. Gostaria que este play fosse relançado e tivesse maior visibilidade nos dias de hoje. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário