sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

20 anos de Crimson Thunder do Hammerfall!!!


Conheci o Hammerfall justamente por "Crimson Thunder" e é claro que tenho um carinho especial por este álbum, mesmo que com o passar dos anos talvez prefira "Renegade" ou "Legacy of Kings". Mas este álbum, lançado em outubro de 2002, foi o grande responsável pelo reconhecimento em diversas partes do globo onde a banda ainda não era tão aclamada. Produzido por Charlie Bauerfeind (Blind Guardian, Angra, Helloween, só para citar alguns dos grandes do currículo), este play é uma verdadeira coletânea de hits, que começa com um arregaço chamado "Riders of the Storm" e emenda com a conhecidíssima "Hearts of Fire". Ouvir estas duas faixas na sequência e não se empolgar já é motivo suficiente para procurar outra coisa para ouvir. "Hearts..." em especial tem uma guitarra estilo Maiden antes daquela seção de vocais criada para o público cantar junto e um refrão que gruda mais que cola de sapateiro. O riff de "On the Edge of Honour" é mais tradicional, com a bateria acelerada e os clássicos corais no refrão. Joacim Cans é um grande vocalista, e conseguiu até alguns inimigos em sua terra natal após a fama estrondosa que a banda conseguiu naquela ano, sofrendo uma agressão em um bar, por um suposto fã de black metal que lhe causou 25 pontos em volta de um dos olhos, e o resultado você vê claramente no rosto do vocalista no clipe oficial de "Hearts of Fire" que a banda preferiu não adiar já que as gravações já estavam marcadas e o álbum próximo do lançamento. Oscar Dronjak e Stefan Elmgren fazem um grande trabalho de guitarras, com solos e riffs que preenchem a atmosfera melódica do álbum. O baixo de Magnus Rosén é bem tocado mas não ganha maior destaque com a produção, enquanto a bateria de Anders Johansson cumpre bem seu papel. O instrumental do Hammerfall é mais pesado que a maioria das bandas de metal melódico, às vezes jogando no meio termo entre o Power Metal, porém os vocais de Joacim impedem que a banda pise com força no terreno do Power. "Trailblazers" traz uma avalanche de riffs que justifica isso e a melodia da faixa título levanta qualquer arena. Claro que temos uma balada, "Dreams Come True" que não chega a ter a beleza incontestável de "The Fallen One", mas assim mesmo passou no teste. Há que se destacar também uma versão maravilhosa para "Angel of Mercy" da banda Chastain. Clássico! 

 

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