O Bywar surgiu na capital paulista em 1996 e conseguiu lançar "Invincible War", seu primeiro álbum, em 2002, pela extinta Hate Storm. Com capa inspirada em obras como Endless Pain do Kreator, desenhada por Marcos Cerutti, que criava seu primeiro trabalho profissional nesta área e hoje é uma referência no cenário, e um som impossível de não associar ao Destruction da Alemanha, o álbum esbanja energia e caminha com as solas em chamas pela terra do Thrash sem nenhum constrangimento. Rápido e rasteiro, desfila riffs serrilhados, bateria bate estaca e baixo desenfreado, com uma camada de vocais rasgados e perfeitamente bem encaixados. Os shows do Bywar já eram um diferencial, rasgando o país em apresentações insanas, chovendo ou no calor dos infernos, o que lhe deu um status poderoso frente bangers que ansiavam por um retorno do metal nacional em grande estilo, após um período meio sombrio. Adriano Perffeto na guitarra e vocal e Victor Regep na outra guitarra hoje são conhecidos pelo Deathgeist, mas fizeram história no Bywar, enquanto no baixo tínhamos Enrico Ozio e na bateria Hélio Patrizzi. "Invincible War" se tornou um álbum cult entre os metalheads brasileiros e instrumento de orgulho em várias coleções espalhadas por aí, e muito se deve ao fato deles terem feito justamente o que o Destruction não fazia mais, um som mais despojado e furioso, como na época de um Eternal Devastation, por exemplo. A banda venceu barreiras e provou que a guerra não era tão invencível como propõe o título do álbum. O bom é que a banda voltou às atividades durante a pandemia. Resta saber o que nos aguarda.
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