quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

20 anos de Nordland I do Bathory!!!


A tentativa infrutífera de voltar ao viking metal no ano anterior com "Destroyer of Worlds", que resultou em uma colcha de retalhos, foi corrigida em 2002 com Nordland I, o primeiro capítulo da derradeira história da banda comandada por Thomas Börje Forsberg, mais conhecido como Quorthon. Não que Nordland consiga rivalizar com "Hammerheart", "Twilight of the Gods" ou "Blood On Ice", que são totalmente "fora da curva", mas este álbum transpira os sentimentos vikings com muita naturalidade. A intro "Prelude" já deixa transparecer os sentimentos que você poderá ter durante a audição do álbum, mas o início da faixa título, com uma bateria e distorção de guitarra que te remetem diretamente aos anos dourados, garante que Mr. Quorthon ainda sabia fazer música com extremo bom gosto. O que se percebe de imediato é sua voz, que está bem mais natural, sem forçar aquela rouquidão que lembrava fragmentos dos rosnados da época de "Blood Fire Death". Ouvir este álbum na época de lançamento não carregou tantas emoções como acontece agora, já que ninguém esperava que nosso músico caminharia para Valhalla 2 anos depois. Mesmo porque em sua totalidade ele não é um trabalho que carregue raiva, o que pode confundir muitos imaginando que a banda estava sem pegada, mas na sequência com "Vinterblot" e "Dragons Breath" descobre-se que a melancolia ganhou novos ares, por baixo das inserções folk. E os corais também aparecem nestas músicas como um "upgrade" enquanto nesta segunda o Mister solte mais sua voz. E o que dizer de "Ring of Gold", acústica, misteriosa, linda, e a música de Nordland que mais nos traz sentimentos de perda ouvindo este opus, do primeiro dedilhado ao último trovão. Já "Foreverdark Woods" que bem poderia ser a faixa de abertura, traz instrumentos de corda pouco usuais tratando-se de Bathory, e é uma viagem a bordo de um drakkar à noite e tomando hidromel. Grande obra, saudade grande!

 

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