domingo, 11 de dezembro de 2022

20 anos de Vida: The Play of Change do Imago Mortis!!!


Depois de um período conturbado na história do metal nacional, que foi da metade dos anos noventa ao início dos anos 2000, várias bandas recomeçavam a pipocar em nosso território lançando álbuns de respeito que hoje se tornaram clássicos. O Imago Mortis do Rio de Janeiro chegava a seu segundo petardo em 2002, o ótimo "Vida: The Play of Change". Formado pelo frontman Alex Voorhees, Fabricio Lopes na guitarra, Alex Guimarães nos teclados, Fabio Barreto no baixo e André Delacroix (Azul Limão e Metalmorphose) na bateria, o álbum lançado pela Die Hard traz uma história conceitual de um cara que de alguma forma começa o álbum em uma ambulância e começa a ter vários devaneios no trajeto e no hospital, como encontros com o Caronte sobre a balsa, depois Deus e o diabo em seus sonhos e alucinações. Vale a pena dar uma conferida nas letras de Vida. Musicalmente falando este álbum é mais sólido que o debut, e tem um trabalho de guitarras que te deixa impressionado. O peso é gritante e as melodias têm enorme bom gosto. Ouça o riff de "Long River" para atestar. Outra música sensacional é "Three Parchae", que é uma música de gente grande, complexa e soberba. "Envy" também é de tirar o fôlego, abusando do "stop and go" e vocais rosnados da melhor qualidade. Voohrees tem a qualidade de cantar limpo com desenvoltura, mesmo que sua voz tenha mais impacto que beleza, ela casa perfeitamente ao som da banda, enquanto os vocais extremos dão aquele prazer a mais na audição, principalmente aos fãs de death/doom. Momentos mais clean também são brilhantes, como em "Me and God" que ainda tem um solo de guitarra espetacular. Excelente álbum, com algumas características mais progressivas, melodias bem tocadas e canções bem construídas, que tem mais agressividade em sua primeira metade e mais viagens na segunda parte.

 

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