segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

20 anos de Behind the Veil do Distraught!!!


O Distraught é aquela banda de Porto Alegre que todo banger deveria ver num palco algum dia. São riffs e mais riffs de guitarras despejados sobre o palco que deixam qualquer um com o pescoço dolorido. Mesmo sendo uma banda que tem um desempenho ferrado ao vivo, desde 1998 os gaúchos vem lançando ótimos trabalhos, com capricho e técnica. Em 2004 eles chegavam a seu terceiro play, o poderoso "Behind the Veil", que ultrapassou em qualidade os 2 trabalhos anteriores. O vocalista André Meyer está soltando a voz muito melhor agora, e mesmo que em alguns momentos ele cante de forma mais urrada como no álbum "Infinite Abyssal", e um exemplo disso é a faixa "Bloodisunity", na maioria das músicas sua voz está mais aberta e rasgada, algo que ficaria ainda mais latente no trabalho posterior. O instrumental também evoluiu, com mudanças de andamento mais naturais, e o trabalho dos guitarristas Marcos Machado e Ricardo Silveira ora vem carregado de palhetadas rápidas, ora traz um som mais trabalhado, porém sem soar muito melódico. O baixista Gustavo Stuepp segura bem a cozinha, e o baixo não é gorduroso, mas acompanha bem o instrumental e pode ser facilmente identificado em faixas como Secrets. A novidade é o baterista Éverton Krentz, que chegou mostrando qualidade e se encaixou como uma luva no som do Distraught. O soldado na arte da capa é uma alusão à parte lírica, que de certa forma é quase conceitual, com o personagem Trevor sendo citado em algumas faixas, todas mostrando cenários da Idade Média, como os cavaleiros templários, a peste negra e a Santa Inquisição. O álbum, lançado pela Marquee Records, não era fácil de encontrar quando foi lançado, (sim, o procurei diversas vezes logo após seu lançamento e não consegui adquirir) e hoje é um item raro na cena. Portanto, se tu tens em seu acervo, mantenha bem guardado, como os segredos revelados aos templários, que destruíram suas convicções religiosas.

 

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