segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

20 anos de Master of the Moon do Dio!!!


O último trabalho full do mestre Ronnie James Dio, uma das vozes mais representativas de toda a história do heavy metal. Master of the Moon foi gravado novamente pelo baterista Simon Wright e contou com a volta do guitarrista Craig Goldy, que conseguiu se redimir do trabalho mediano de "Mágica", Para o baixo voltou Jeff Pilson, 7 anos longe da banda, e o tecladista Scott Warren, desta vez creditado como membro da trupe. E percebe-se o esforço que esta galera fez para tornar "Master of the Moon" um álbum memorável. Conseguiu? Uma resposta bem particular, que vai depender do gosto de cada um. O que posso dizer é que foi uma despedida honrosa, e o melhor trabalho da banda DIO nos últimos anos. A capa é bem legal, com aquele demônio segurando uma lua de cristal se despedaçando como se fosse o senhor do espaço, sobre as nuvens, em tons azuis e lilás. A cara de jogos de RPG. A faixa que abre o álbum é simplesmente fenomenal, "One More For The Road" é digna de uma "TV Crimes", rápida, pesada, com um astral bem metal. Já a faixa título que vem em seguida é a típica música que busca identidade na época do Rainbow, uma canção atmosférica usada principalmente para privilegiar a fantástica voz de Dio. E meus amigos e amigas, criaturas noturnas, a cada música que rola ao ouvir este álbum, a gente vai se emocionando com a voz desse cara, que foi uma das maiores perdas da história do metal. Você pode ser aquele cara que prefere um metal extremo, mas não tem como não se render à voz poderosa de Dio, seus registros são memoráveis. Ouça o que ele faz em "Shivers" ou "Living the Lie", duas músicas que nem tem a característica de um instrumental voltado para a voz, pois são músicas super pesadas e heavy, assim com a faixa de abertura, mas Dio canta com uma voz tão poderosa que fica difícil imaginar que o cara já tinha passado por 62 primaveras quando "Master of the Moon" ganhou vida. Destaque ainda para as faixas "I Am" com uma interpretação perfeita, além de um refrão simples que mostra como Dio tinha recursos para transformar algo tão comum em algo que ficaria reverberando em nossa mente e nos obrigando a cantar junto. E a faixa que fecha o trabalho, a sensacional "In Dreams". Uma música pesada com um riff bem Sabbath, e Dio, (não me canso de dizer) dando uma aula de voz, talvez a melhor interpretação dele neste álbum. "Se eu sou um rio, então você é o mar / Em algum lugar você me encontrará / Sozinho nadando aqui em êxtase / Se eu sou silêncio, você deve gritar / Mas eu não te ouço / Estou em um lugar que eu nunca vi antes" Agora nós sabemos, Ronnie! E um dia também estaremos em um lugar que também nunca vimos!

 

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