domingo, 31 de outubro de 2021
20 anos de Unholy March do Evil do EvilWar!!
sábado, 30 de outubro de 2021
Entrevista com Overdose!!!
O mundo dá voltas e mais voltas e poeticamente falando, isto é incrível. Ter a oportunidade de conversar com alguém que há quase 30 anos já era seu ídolo, tocando numa banda que você ama desde a primeira audição de Século XX num split emprestado por amigos, é mais que sonho realizado, é um dos ápices nesta jornada gratificante que se tornou o Metal e Loucuras. Overdose faz parte da gênese do metal nacional, e sua importância para a prosperidade desta cena está cravada nos pilares da existência do Heavy Metal. São dinossauros vivos em um país de terceiro mundo que não valoriza esta arte imortal que é o metal e isso já é digno de muito respeito. Cláudio, guitarrista fenomenal e pessoa sensacional, com seu jeito mineirês de ser, desceu do palco de um festival no estacionamento do Mineirão em 1997, quando tocaram junto de Megadeth, Queensrÿche e Whitesnake, e foi abordado por dois moleques que pediram autógrafo num pedaço de papel de pouco mais de 3 centímetros, que ele concedeu com um sorriso no rosto. Um destes moleques era eu, que jamais imaginava que estaria aqui hoje trocando palavras com este músico fenomenal. Um pouco da história do Overdose segue para vosso deleite, criaturas noturnas. Aproveitem, pois o mundo continua dando voltas!
M&L – Há mais ou menos 1 ano conheci uma pessoa, tratando de serviços profissionais e, conversa vai e conversa vem, quando ele soube que tenho um espaço do Heavy Metal em casa, ele disse que tinha o prazer de fazer parte do início do metal em Minas. Pensei que ele estava “viajando” mas se tratava de Rubão, o baterista de uma das primeiras formações do Overdose. O que vocês lembram desta época?
Cláudio - Rubão é um grande cara e foi muito importante no começo do OverDose em 1983. Foi uma época muito divertida, pois foi o nascimento do OverDose. Tudo era novo e nós éramos a primeira banda de Heavy Metal de BH. Os shows eram muito legais, e aos poucos fomos polarizando todos os fãs de Metal. Ensaiávamos na sala de estar da casa do Rubão e vários amigos começaram a ir aos nossos ensaios. Época de ouro, na qual o OverDose começava a se definir enquanto banda e a criar nome no espaço musical da cidade.
M&L – Há muitas lendas envolvendo Sepultura e Overdose nos primórdios, como aquela que diz que vocês convidaram o Sepultura para o split de 1985 e que os caras arranhavam o lado do Século XX do vinil quando iam apresentar o álbum aos gringos. Mas nunca ouvimos o Overdose depreciando a banda dos Cavalera por estas coisas. Elas realmente não passam de lendas ou o Overdose não se ressente delas porque sabe que teve sua oportunidade e espaço no exterior?
Cláudio - Não sei exatamente quais são as lendas, ou o que elas possam trazer de verdade. Essa história dos caras do Sepultura falarem para os amigos arranharem o lado do OverDose foi uma das que mais ouvi, não sei se é verdade ou não. Ainda somos amigos do Paulo e do Andreas, mas não tem como negar que esperávamos ter tido mais apoio do Sepultura em determinados momentos, principalmente quando estávamos no mercado mundial.
M&L – Na virada dos anos 80 para 90 tínhamos bandas do Brasil gravando em Belo Horizonte e procurando um contrato de lançamento com a Cogumelo. Por que Overdose lançou o ...Conscience... pela Heavy Discos (Dorsal, Azul Limão e outros)?
Cláudio - Fizemos uma reunião com os caras do Sepultura e fechamos um acordo no qual iríamos
pressionar a Cogumelo para aceitar algumas exigências no contrato para os próximos discos. Depois de um tempo, sem nenhuma comunicação prévia, ficamos sabendo que o Sepultura tinha assinado com a Cogumelo e já ia lançar seu próximo disco. A Cogumelo acabou negando a nossa proposta e ficamos sem gravadora. Tivemos que gravar o Conscience com o nosso próprio dinheiro e depois fizemos um acordo com a Heavy Discos para distribuir o álbum.
M&L – You’re Really Big! veio com capa futurística e com Nuclear Winter como carro chefe. Muitos fãs aguardam este relançamento. Fale deste álbum.
Cláudio - O Big é um dos álbuns que mais gosto do OverDose! Considero esse álbum como um dos precursores do Prog Metal, pois em 1989 ainda nem existia nada que fosse classificado nesse estilo. As guitarras são muito trabalhadas, com um virtuosismo que não existia na época no Brasil, foi inspiração para muitos guitarristas por aqui. O disco contou com a participação especial do Fábio Ribeiro, tecladista que depois integrou o Angra e o Shaman, entre várias outras bandas. Realmente está sendo um dos relançamentos mais esperados e está previsto para o começo do ano que vem.
M&L – E Addicted To Reality apresentou, além de um logo novo, um som um pouco mais pesado que os dois full anteriores. A receptividade deste álbum foi fundamental para o que viria nos álbuns posteriores?
Cláudio - Pelo contrário, pois a receptividade não foi tão boa na época, hoje em dia mais pessoas gostam dele do que quando foi lançado. O Addicted é um disco de transição entre o Prog Metal do Big e o Thrash do Circus, e acho que ficou mais marcado por isso do que pela qualidade de suas músicas e da originalidade da mistura. Acho que foi muito injustiçado, pois nosso antigo público achou ele muito pesado e a galera do Thrash achou muito leve. Pessoalmente, gosto muito do Addicted, pois acho as músicas muito boas, indiferentemente do rótulo.
M&L – Chegamos em 1992, com um dos melhores registros que o metal nacional já teve, o Circus of Death. Essa mudança de um som mais melódico para a agressividade do Thrash foi natural ou o Overdose resolveu sair do lugar comum e tentar algo diferente?
Cláudio - As duas coisas, de uma certa forma. Tivemos que sair da nossa zona de conforto, pois já tínhamos um estilo próprio de compor e tocar. Mas eu, o Bozó e o André estávamos ouvindo mais bandas de Thrash do que qualquer outra, a pesar de que nunca fomos radicais em nada. Só o Fernando relutou um pouco para aceitar a Sweet Reality, pois achou muito pesada. A partir daí, comecei a compor músicas mais na onda das bandas que estávamos curtindo: Metallica, Anthrax, Forbidden, Exodus, Pantera...
M&L – E por que Circus of Death foi relançado com aquela capa horrível tempos depois? (político com nariz de palhaço) “risos”. Imposição do mercado americano ou a banda queria fugir da imagem de crítica religiosa que a capa original passava?
Cláudio - Por um lado, realmente sofremos muitas críticas pela capa original, como se fosse uma falta
de respeito com Jesus Cristo. Mas a crítica religiosa é somente uma das que pretendemos fazer na capa, acabou ficando uma coisa meio chata ser taxado de satanista! (risos). Mas, o que foi decisivo foi a tentativa de criar um estilo mais próximo do Progress e do Scars, que já haviam sido lançados no exterior. Queríamos que fosse uma foto ao invés de desenho, mas também não gostamos do resultado, por isso o relançamento voltou a ter a capa original.
M&L – Progress of Decadence traz uma sacada no título e na imagem da capa, podendo ser lido como Decadence of Progress. A crítica social foi muito além neste trabalho, que também é um dos mais pesados da carreira. Nele o Bozó começou a tocar percussão, incorporando um pouco de ritmo brasileiro ao som.
Cláudio - A crítica social acompanha o OverDose desde os seus primórdios, mas realmente ficou mais ácida e menos poética nesse álbum. A saída do Fernando contribuiu pra isso. Antes o Fernando era o meu parceiro nas letras, e o Fernando é um puta escritor, muito bom nas rimas e nas poesias. Já o Sergio, que passa a ser o meu parceiro com a saída do Fernando, é mais pro Punk e Hardcore de New York. As minhas letras sempre foram políticas, mais descritivas do que realmente poéticas, então perdemos esse lado poético e ganhamos em críticas sociais. A percussão do Bozó surgiu das brincadeiras que o Bozó fazia nos ensaios desde os anos 80. Ele costumava fazer percussões brasileiras no surdo da bateria. Daí surgiu a ideia de acrescentarmos elementos percussivos no som da banda, queríamos fazer algo que fosse realmente novo dentro do Metal. Logo após o Circus, ainda em 92, já tocávamos Street Law nos shows. Como todos gostaram da ideia, outras músicas com percussão foram surgindo.
M&L – Em 1995 o Overdose lançou Scars por um selo gringo, e só em 2018 este álbum foi lançado no Brasil. Acha que isso fez com que o público tivesse um conhecimento menor deste play? Nele Bozó até criou um dialeto novo que ficou sensacional.
Cláudio - Acho sim, não só por não ter saído no Brasil, mas também porque não teve apoio da
gravadora na divulgação e investimento em geral. Quando o Scars foi lançado, a diretoria da nossa gravadora tinha acabado de ser trocada. O presidente que foi embora foi o A&R que contratou o OverDose, mas o novo presidente contratou o My Dying Bride. Nesse momento deixamos de ser a atenção da gravadora, pois todos os investimentos estavam voltados para a nova banda. O Scars é um disco que não foi trabalhado pela gravadora, considero o mais injustiçado do OverDose!
M&L – A banda encerrou atividades por volta de 1997 e ficou quase 20 anos fora de cena. Os fãs imploravam por um retorno e ele veio. Uma das primeiras apresentações foi aquela ao lado do Mineirão promovida pelo Bloco dos Camisas Pretas. Confesso que a única vez que chorei num show foi naquele dia ouvindo Anjos do Apocalipse, algo que pensei que nunca aconteceria de ouvir. O que significou pra vocês aquela apresentação?
Cláudio - Que doido o lance da Anjos, muito massa saber isso! O Bloco dos Camisas Pretas foi muito foda, mais de 20 mil pessoas, foi emocionante demais!!! A sensação de estar de novo no palco é muito foda, tinha muitos anos que eu não tocava! Foi muito massa ver a galera cantando as músicas do OverDose, principalmente a meninada! É muito gratificante ver que o som da banda sobrevive há décadas!
M&L – Tiago Vitek foi anunciado recentemente como novo baterista e já está ensaiando. Há planos de voltar aos palcos assim que vencermos esta pandemia?
Cláudio - Há sim, estamos ansiosos pra voltar aos palcos!!! E aproveitem, pois eu e o Bozó somos dois velhinhos de 55 com corpinho de 80!!! (risos) Daqui a pouco não vamos mais conseguir subir no palco, principalmente ele cantar! (risos).
M&L – A pergunta que não quer calar. Todos anseiam por um novo álbum do Overdose. Isso está nos planos?
Cláudio - Não temos planos de lançar um novo álbum, talvez um single com 2 músicas. Tenho duas músicas novas guardadas aqui, esperando o Sergio fazer letra pra elas. Também estou na torcida, vamos ver se a gente consegue engatilhar pelo menos essas 2 músicas novas!
M&L - O que vocês acham que vai mudar na cena metal e no mundo, em relação à pandemia que vivemos nos últimos dois anos?
Cláudio - Difícil prever quais serão as mudanças. Acho que uma maior interação entre os fãs e os músicos através das lives e redes sociais deve continuar. Ainda estou preocupado com o fim da pandemia, pois ainda há muita gente morrendo. Após a pandemia, a crise econômica me preocupa muito, pois a bomba sempre estoura para o lado dos mais fracos. Me preocupo muito com a miséria e a fome, que vêm aumentando muito nos últimos anos e cresceu muito com a pandemia. Em um mundo onde temos um incrível acúmulo de riquezas, a fome não pode ser aceita.
M&L – Uma honra ter o Overdose em nossa página, neste momento especial em que comemoramos 12 anos. O espaço é todo seu!
Cláudio - Eu gostaria de agradecer pela oportunidade, é um grande prazer participar dessa comemoração! Gostaria também de agradecer aos fãs de OverDose por quase 40 anos de reconhecimento e carinho. Continuamos na estrada por causa de vocês!!! Sigam o OverDose no Facebook e no Instagram e ouçam no Spotify, Deezer e outras plataformas. Se alguém se interessar pelos relançamentos do OverDose, pode me procurar no Facebook -"Claudio David", que tenho algumas cópias pra vender, ou procurar nas lojas especializadas. Os relançamentos são em digipack, com o CD completamente remasterizado, com DVD de shows de época e livreto com letras e fotos. Abraços para todos!!!
domingo, 24 de outubro de 2021
20 anos de A Fine Day To Exit do Anathema!
Entrevista com Mutilator!!!
O Mutilator é uma das quatro bandas que apareceu na mais famosa coletânea de metal do Brasil, a Warfare Noise I, de 1986. Aquele registro mostrou que o metal extremo nacional surgia no mesmo momento em que o metal extremo mundial dava as caras, com o Death e o Black metal surgindo no underground, o que fez com que a cena nacional, em especial a mineira, se sobressaísse junto aos gringos. E o início do Mutilator foi arrebatador, com seus principais registros lançados de 1986 a 1988, arrastando uma legião de fãs, que ficaram extremamente empolgados com o retorno da banda em 2018. Para falar um pouco da trajetória do Mutilator, tivemos a honra de conversar com um dos fundadores, o baterista Rodrigo Neves:
M&L – O Mutilator finalmente retornou às atividades, após muitos anos adormecido. O que motivou esta volta?
Rodrigo - O que fez com que eu e meu irmão (Ricardo) finalmente tomássemos a decisão de retornar com o Mutilator foi um convite feito pelo Igor Podrão (nosso guitarrista) para fazermos um show único num fest de comemoração de 4 anos do programa que ele tinha, o "E aí Cara?!" Ele organizou este fest comemorativo com várias bandas e chamou a gente para participar com um "revival" do Mutilator e aí depois do show decidimos continuar de vez.
M&L – Vocês se surpreenderam ao perceber a força que o nome Mutilator ainda tem após todo este tempo, e o respeito que o logotipo da banda impõe onde aparece?
Rodrigo - Sim, ficamos extremamente surpresos! Isso porque como a banda vinha desativada há anos e anos, a gente não se preocupava tanto em estar observando em redes sociais, revistas e etc, como a banda era querida, respeitada e reconhecida na cena brasileira e até fora do Brasil quando se fala de cena underground, né? Então realmente ficamos muito surpresos.
M&L – Vocês acham que uma parte responsável por este respeito continua sendo a participação na icônica coletânea Warfare Noise I, ao lado de nomes tão fantásticos como Holocausto, Chakal e Sarcófago?
Rodrigo - Certamente que foi sim. Aquela coletânea foi mais um divisor de águas em matéria de metal extremo dentro do país, afinal de contas ela foi lançada em 1986. Eu não me lembro de nada igual lançado no Brasil naquela época.
M&L – Algumas coisas novas que temos ouvido mostram uma banda bem extrema e muito pesada. A ideia é mostrar que a fera acordou faminta?
Rodrigo - Totalmente faminta e com sangue nos olhos. A fim de retomar o que eu e Ricardo sempre tivemos em mente em matéria de Mutilator. Música extrema mesmo, sem se preocupar tanto com trampos complexos.
M&L – Vocês (Ricardo e Rodrigo) não participaram da gravação de "Into The Strange" (segundo full do Mutilator). Qual é o sentimento em relação àquele álbum?
Rodrigo - Cara, eu considero um excelente álbum mas, fazendo uma relação com a resposta anterior, sinceramente não era o que eu e Ricardo tínhamos em mente para os álbuns do Mutilator, depois do Immortal Force. Mas como nós dois estávamos fora e tudo ficou a cargo do grande Magoo (nota: Alexandre Magoo era um dos guitarristas do Mutilator e foi encontrado morto em um hotel da Inglaterra em 1997 quando a banda estava parada), nós respeitamos e o resultado final que ficou registrado. Não deixa de ser o Mutilator de qualquer jeito.
M&L – E quais as principais diferenças entre ele e o Immortal Force?
Rodrigo - Eu enxergo como principais diferenças que foi um disco com menos agressividade e com músicas um pouco mais trampadas. Deixando de ter aquela mescla de Thrash com Death Metal que existia no Immortal Force e fincando mais no Thrash puro.
M&L – Quais são os planos para um novo álbum do Mutilator?
Rodrigo - Opa, temos planos e até composições para um novo álbum, na verdade. Hoje nós estamos com três músicas prontas e que já temos tocado em todos os nossos ensaios. Não vou dizer que estas músicas estarão exatamente como estão hoje quando chegar o momento de gravá-las, mas com certeza a estrutura será a que já esta pronta.
M&L – Como foi a escolha dos membros Igor Podrão e César Pessoa paras as guitarras e do jovem Pedro Ladeira para os rosnados fantásticos?
Rodrigo - Cara, realmente o integrante escolhido por mim e pelo Ricardo foi somente o Igor Podrão, e como nós dois estávamos meio que fora da rota de conhecimento de músicos atuais na cena, nós pedimos para o próprio Igor que se encarregasse de nos indicar mais um guitarrista e um vocalista que ele garantisse que se adaptariam à banda, e ele foi preciso em indicar o César e o Pedro.
M&L – Vocês acham que a cena nacional, em especial a mineira, pode ter o seu melhor momento desde meados dos anos 90, após a pandemia?
Rodrigo - Sim, na minha opinião em particular eu considero que o crescimento da cena brasileira e mineira teve uma melhora a partir de 1995 mais ou menos e daí para frente eu só consigo visualizar crescimento em todos os sentidos
M&L – Uma honra ter o Mutilator em nossa página, em comemoração a 12 anos de amor e divulgação do bom metal. As palavras são todas suas!
domingo, 17 de outubro de 2021
20 anos de Destroyer of Worlds do Bathory!!!
sábado, 16 de outubro de 2021
Entrevista com Attomica!!!
O Attomica de São José dos Campos, SP, é um dos expoentes do metal nacional. Formado em 1985, a banda gravou seu primeiro álbum em 1987, um dos álbuns mais agressivos da história do death/thrash nacional, mas ficou mais conhecido com o som mais técnico apresentado no segundo play, o clássico Limits of Insanity. Conversamos com o fundador André Rod, baixista e vocalista que falou de vários capítulos na longa história deste ícone do metal nacional. Aproveite a leitura, ouvindo o melhor do Thrash nacional.
M&L – Vamos fazer um retrospecto da carreira do Attomica. O primeiro álbum foi o homônimo de 1987 com o símbolo da radioatividade ou da bomba atômica em evidência. A sonoridade do debut beirava o death metal e se passaria facilmente por um trabalho da cena mineira, concorda?
André Rod - Nós não tínhamos uma ideia formada sobre a proposta, só queríamos ser uma banda inovadora e mais rápida do planeta. Ali existe um pouco de cada vertente do metal e fizemos isso sem pretensão alguma, apenas aconteceu.
M&L – E aqueles riffs cavalgados de Marching Over Blood são a satisfação de todo headbanger que se preze!
André Rod – Sim, essa combinação riffs de guitarras mais a acentuação pesada da bateria e baixo criaram o clima perfeito para que os headbangers pudessem se satisfazer à vontade. Marching over Blood é até hoje uma das músicas mais cultuadas pelos fãs.
M&L – Ele saiu pela Equinox Discos que em pouco tempo fechou as portas. Houve interesse de outra gravadora a qual poderia ter dado um melhor respaldo à banda naquela época?
André Rod – Na verdade anteriormente tínhamos um contrato com o selo Enigma e logo após as gravações resolvemos cancelar o acordo com a gravadora, assumimos todo o restante da produção e fizemos o lançamento pelo selo Equinox. Acho que nós nos viramos bem mesmo sem gravadora apesar de achar que foi um erro não fechar com o selo Enigma.
M&L – Em 1989 saiu o clássico Limits of Insanity pela Cogumelo, mas ele não conta com o vocalista Laerte Perr. Vocês chegaram a pensar em outro vocalista ou você assumiu a bronca naturalmente, mesmo os estilos de voz sendo tão diferentes?
André Rod – Esse álbum era pra ter sido gravado por Fabio Moreira vocalista do álbum Disturbing the Noise. Ele chegou a estar com a banda no início das composições, mas como morava em outro Estado foi difícil mantê-lo em nossa cidade por muito tempo, foi aí que tive que assumir os vocais.
M&L – Neste segundo álbum temos uma banda mais técnica e menos agressiva. Houve algum tipo de
reação negativa dos fãs por isso, ou pelo contrário, o álbum foi melhor aceito que o debut?
André Rod – Os fãs mais radicais acredito que tenham se incomodado mais pelo fato da mudança radical nos vocais e nem tanto pela parte instrumental. Tivemos uma melhora expressiva na qualidade de gravação comparado com a do primeiro álbum e hoje Limits of Insanity que foi lançado pelo selo Cogumelo Records ganhou seu espaço na cena juntamente com os demais trabalhos da banda.
M&L – Então em 1991 vocês gravaram um dos melhores álbuns de Thrash do metal nacional, o poderoso Disturbing The Noise, com outro vocalista, Fábio Moreira. Fale sobre aquela época.
André Rod – Disturbing the Noise foi o segundo álbum lançado pela Cogumelo Records e também gravado no Estudio JG assim como Limits of Insanity. Fabio Moreira retornou para ajudar nas
composições e gravar os vocais, estivemos em Belo Horizonte para os trabalhos de gravação por volta de quinze a vinte dias.
M&L – Estes dois álbuns foram gravados nos estúdios J.G. de Belo Horizonte. Era o que havia de melhor no Brasil entre o fim dos anos 80 e início dos 90?
André Rod – Sem dúvidas, acho que para o estilo era um dos melhores para época. Contava com a produção e técnica de Gauguin que com certeza foram determinantes para qualidade sonora dos álbuns.
M&L – Algum tempo depois a banda entrou num hiato e retornou anos depois com uma mudança sutil no nome, voltou atrás novamente e lançou o destruidor álbum 4 em 2012.
André Rod – Sim... a pausa teve início em 1994 e a volta dos ensaios foi por volta de 2002 que resultou no show que deu origem ao álbum ao vivo Back and Alive de 2004. O show aconteceu em dezembro de 2003 e teve a participação de todos os integrantes da formação que gravou o álbum Disturbing the Noise. Este álbum ao vivo foi lançado pela Hellion discos com a supressão de um T no nome da banda. Fabio Moreira foi convidado somente para este show. A banda continuou em formato quarteto até se consolidar com uma nova formação para a gravação do novo álbum de estúdio o Attomica 4 já com dois T’s de volta para o nome.
M&L – No quarto álbum o saudoso Alex Rangel era o vocalista, e também a quarta voz diferente. Você acha que a troca de vocalistas impediu o Attomica de ser ainda maior ou chegar mais longe do que a posição em que está hoje?
André Rod – A troca de vocalista em uma banda sem dúvida nenhuma é o fator que causa maior impacto em comparação aos outros integrantes, mas acho que isso não influiu na condição atual, existem vários fatores mais determinantes.
M&L – Daí você deu um basta nesta troca e resolver gravar os vocais novamente no álbum seguinte, o ótimo The Trick. Mas sua forma de cantar hoje é bem diferente.
André Rod – Com o falecimento de Alex Rangel resolvi assumir os vocais novamente, tínhamos compromissos para cumprir e essa foi a solução imediata que achamos pela urgência.
M&L – The Trick é muito bem gravado, tem ótimas músicas como a empolgante Feeling Bad, a cavalgada Kill The Hero, uma porrada chamada The Last Samurai e também The Trick-You Bet, que tem um momento que lembra os mestres do Black Sabbath. Há uma riqueza de variedades no álbum e mesmo assim ele soa homogênio. A experiência contou muito na concepção deste álbum, não?
André Rod – Acho que sim ... Também optei em não mais compor no estúdio, faço isso em casa e depois do mapa da música pronto apresento aos músicos e fazemos os arranjos e adaptações necessárias se for preciso. Talvez isso tenha contribuído também para a homogeneidade das composições.
M&L – E ele é dedicado a Alex Rangel, contando com a música Mistery cantada por ele. Foi o resgate de algo antigo até então não aproveitado ou o Attomica contava com o Rangel para a gravação de mais um álbum?
André Rod – Alex Rangel seria o vocalista do álbum The Trick, a música Mistery foi gravada para servir como um single de divulgação do novo álbum que ainda nem tinha um nome. O álbum é dedicado a ele em forma de homenagem por seu companheirismo, dedicação e contribuição.
M&L – Obrigado pela conversa, é um prazer ter o Attomica em nossa página neste momento em que comemoramos 12 anos de celebração ao nosso querido Heavy Metal. As palavras são suas.
André Rod - Nós é que agradecemos o convite para estar com vocês, obrigado a todos os fãs, amigos e parceiros. Forte abraço Nilson Blast e parabéns ao Metal e Loucuras ! Vida Longa !!!
domingo, 10 de outubro de 2021
20 anos de World of Glass do Tristania!!
sábado, 9 de outubro de 2021
Entrevista com Scars!!!
Alex - O The Nether Hell teve toda sua temática tecida sobre as faixas depois que elas já estavam compostas e já estávamos em estúdio gravando-as. Eu havia lido "O Inferno de Dante" poucos anos antes, e me deliciei com toda a atmosfera e detalhe com o qual Dante Alighieri escreveu essa obra-prima. Fomos fiéis às passagens nas músicas que citam a obra e trouxemos uma arte gráfica rica, toda com as gravuras de Gustave Dorè. Esse "pequeno álbum" teve um impacto mundial totalmente inesperado por nós que repercute até hoje, possuindo uma legião muito fiel de ouvintes e divulgadores. Acho que esse ficou para história mesmo e nos orgulhamos muito disso. Esse registro foi muito importante para posicionar o SCARS entre as grandes bandas do Brasil e seus grandes álbuns, porém com somente seis faixas - e assim mesmo fez mais barulho que muitos "full-lengths", até mesmo o Devilgod Alliance. Em comparação ao Predatory, ainda é muito cedo para dizer. Só o tempo e sua maturidade confirmarão isso.
outros estilos fora do thrash nele, porém breves e não predominantes. Metade desse álbum foi composto durante a turnê do The Nether Hell, a outra metade por mim após a desmembração da banda. O que fez mais falta nesse registro é o vocal e a arte de finalização de estúdio do Régis, que fizeram muita falta durante o processo de gravação e escolha dos temas e letras para o CD. Todas as letras do Devilgod são minhas e tiveram sua execução em estúdio por um grande amigo meu, o André Guilger, que recebeu tudo pronto e não teve muito tempo de criar grandes linhas de voz e arranjos, mas fez um excelente trabalho não obstante. Eu e o João Gobo temos uma afeição especial por este álbum, talvez por estarmos nele. O Marcelo Mitché adora esse álbum, talvez mais que eu, e insiste para que toquemos pelo menos duas faixas dele no setlist atual, o que será feito eventualmente. Eu tenho emoções controversas sobre ele: de realização e missão cumprida, mas ao mesmo tempo ele representa também uma época de término e interrupção na minha carreira musical.
Alex - Muito obrigado por suas palavras. Uma curiosidade: Ancient Power quase ficou de fora do álbum e hoje vemos que ela é uma das de maior destaque do Predatory. Sobre a produção, o Wagner tem um talento único e é um excelente produtor musical, especialmente de metal. Ele é muito metódico, seguro de si e aberto à participação da banda em todo o processo da gravação. Essa abertura possibilitou que chegássemos a um resultado muito próximo do que havíamos envisionado para o álbum, com idéias sendo geradas por diversas mentes brilhantes e dedicadas ao projeto. A parte cristalina e de precisão métrica se devem totalmente ao Wagner e sua equipe. A parte dos timbres e sonoridade do álbum é um crédito da banda, que não se deu por satisfeita até realmente chegar a um resultado que agradasse a todos os envolvidos. O Wagner foi muito receptivo e altruísta em sua figura de autoridade da produção e registro da obra, possibilitando a divisão de méritos e responsabilidades igualmente entre todos. Adoramos trabalhar com ele e sua equipe e queremos repetir a dose muito em breve.
domingo, 3 de outubro de 2021
20 anos de In Torment In Hell do Deicide!!
sábado, 2 de outubro de 2021
Entrevista com Posthumous!!
M&L – O Posthumous ficou praticamente 12 anos longe do cenário, retornando às atividades em 2017. Por que esta pausa e o que fizeram neste período?
R. Mutilator - "Ao som de Nephast, Immortal Unholy Triumph..." Esta foi uma situação que foi se construindo desde o lançamento do “My Eyes, They Bleed em 1999, quando após o lançamento do mesmo o Marlon (bateria) deixou a banda. Passamos de 1999 a 2005 tentando firmar um baterista e vários passaram durante esse período e isso nos prejudicou bastante, pois tínhamos recém lançado um álbum e acabávamos por ter que negar shows devido a isso. Porém vínhamos compondo normalmente e mesmo com músicas suficientes para mais de um álbum, não vislumbrávamos gravar logo, ou seja, vínhamos ensaiando, ensaiando e ensaiando, sem perspectivas de tocar ao vivo ou de gravar o novo álbum. Esse desgaste, somado aos compromissos profissionais de cada um, acabou por levar a parada em 2005. Durante esse período, basicamente, cada um se dedicou ao trabalho e a família.
M&L – E a primeira participação após o retorno foi em um tributo ao Bathory? Conte sobre ele.
R Mutilator - Na verdade não. A gravação de “Reaper" se deu antes de voltarmos em 2017 e foi gravada pela formação anterior. A proposta era participarmos de um tributo ao Bathory que seria lançado na Europa por uma gravadora alemã e como a gente já vinha há anos amadurecendo uma ideia de voltar à ativa, resolvemos aceitar o convite. “Reaper” foi então gravada pela formação do “My Eyes, They Bleed", mas ainda sem baterista, sendo esta programada. Porém aconteceu que a tal gravadora acabou desistindo do projeto e neste momento já tínhamos gravado a música. Foi então que em contato com o Headhunter DC descobrimos que eles também já tinham gravado uma música para o mesmo tributo e daí começou a surgir a ideia de fazermos um 7” EP. Ele foi lançado em 2019 pela Misanthropic Records com o título “A Brazilian Tribute To BATHORY: Anthems Of Blood, Fire & Death” contendo 3 músicas: Reaper (Posthumous), Total Destruction/Reap Of Evil (Headhunter DC) e Raise The Dead (Tripalium). Vale ressaltar aqui que 1 ano depois, em 2020, “Reaper” entrou na nossa compilação “The Frightening Cold Tomb (Compendium Mortis)”, lançada pela Hammer Of Damnation, mas desta vez com a bateria gravada pelo nosso atual baterista J.V. Acordi.
M&L – Anos atrás o Posthumous já havia sido um dos destaques do Tributo ao Sarcófago, lançado pela Cogumelo. Qual sua opinião sobre aquele tributo?
R. Mutilator - Porra, foi uma baita honra. Ter nosso nome lembrado para participar de um tributo ao Sarcófago por si só já seria uma enorme satisfação, por tudo que ele representa no metal extremo mundial, ainda mais sendo lançado pela gravadora ícone da cena metálica brasileira e por estar junto de bandas renomadas no cenário mundial como Impaled Nazarene, Satyricon, Angel Corpse, Sextrash, Mystifier, Mysteriis...
M&L – Em 2020 o clássico My Eyes, They Bleed foi relançado pela Hammer of Damnation em formato duplo com o nome de The Frightenning Cold Tomb. O que encontramos no CD 2 deste lançamento?
R. Mutilator - A idéia era não fazer um relançamento simples, optamos então por lançar uma compilação contendo toda a nossa história. No CD 1 você encontra o “My Eyes, They Bleed” remixado e remasterizado com exceção de “Christ’s Death” do Sarcófago que está com o áudio original da época e no CD 2 nossa 2ª Demo Tape de 1997 “Lust Upon The Altars Of Blasphemy” remixada e remasterizada, 6 músicas inéditas gravadas em 1996 que também foram remixadas e remasterizadas, nossa 1ª Demo Tape “Posthumous” de 1994 com o áudio original da época e mais 5 covers que gravamos para tributos.
M&L – Vocês já mostraram que gostam de homenagear seus ídolos, e além das versões para Sarcófago e Bathory, temos algumas versões incríveis nesta compilação. Fale sobre elas.
R. Mutilator - Então, foram todos covers gravados para tributos, exceto o de “Christ”s Death” que foi originalmente gravada para entrar no nosso álbum “My Eyes, They Bleed” e que após entrou no tributo da Cogumelo. “Go To Hell” do Motorhead e “The Phantom Of Black Hand Hill” do Running Wild foram convites da gravadora Alemã Remedy Records para participar dos respectivos tributos: “Motormorphosis: A Tribute To Motorhead” e “The Revivalry: A Tribute To Running Wild”, “Reaper” do Bathory está no 7” EP “A Brazilian Tribute To Bathory: Anthems Of Blood, Fire & Death” lançado pela Misanthropic Records e “Riff Raff” do AC/DC foi convite da Secret Service Records para o tributo: “For Those About to Brazil - The Brazilian Tribute To AC/DC”. Todas são bandas que curtimos e que de alguma forma nos influenciaram na nossa jornada musical.
M&L – Quando soltaram a compilação, já havia planos para o lançamento do novo álbum, ou sua repercussão foi o empurrão necessário para a criação deste novo full?
R. Mutilator - Na verdade o que poucos sabem é que quando lançamos a compilação, o novo álbum “Unholy Ceremony” já estava gravado. A nossa idéia sempre foi lançar a compilação para em seguida partirmos para a gravação do novo full, mas como comentei anteriormente, nossa ideia nunca foi fazermos um relançamento simples, queríamos remixar e remasterizar o debut, porém estávamos com uma dificuldade enorme em “ler” as fitas masters de 1998, como o tempo foi passando e não vislumbrávamos conseguir lê-las logo, resolvemos por seguir com a idéia de gravar o novo full, então após a gravação do mesmo eis que o brother Trek de Magalhães conseguiu ler as famigeradas fitas e dar seqüência na remixagem do debut, com isso resolvemos deixar o “Unholy Ceremony” em stand by e soltar primeiro a compilação.
M&L – Muitos fãs já elegeram Unholy Ceremony o melhor lançamento do ano de 2021. Vocês esperavam esta receptividade?
R. Mutilator - Fico realmente envaidecido em ouvir isso, foi um trabalho feito com muito empenho e honestidade e é muito bom saber que nossa obra agrada a muitos outros ouvidos. Falo isso porque acho que quem faz música para tentar o sucesso ou para agradar alguém, está fadado ao fracasso. O Posthumous faz música para auto-satisfação, ou seja, eu componho para me agradar, não pensando se irão gostar ou não, isso realmente pouco me importa. E quando você pergunta se esperávamos essa receptividade, digo que é lógico que não, porém sei que para nós ele ficou perfeito e isso é o que nos importa, mas é óbvio que ficamos muito felizes com todas as mensagens e elogios recebidos porque não existe melhor prêmio para um músico do que ter sua obra reconhecida.
M&L – Fale sobre Unholy Ceremony, começando pela bela arte gráfica até as músicas, que mostram a banda ainda mais próxima do Black Metal trabalhado.
R. Mutilator - A parte gráfica de “Unholy Ceremony” se divide basicamente em 2 excelentes trabalhos, a linda capa de Marcelo Vasco e a magistral diagramação de Luis Lozano. Na capa eu passei uma ideia simplória para o Marcelo e ele desenvolveu com toda a excelência que lhe é própria. Já no design do encarte e do CD em si eu deixei livre para que o Luis criasse e ele magistralmente não se acomodou em criar um fundo qualquer e montar tudo, ele leu a letra de cada música e cada fundo que você vê no encarte do CD tem alguma referência com a letra ali posta. Quanto às músicas, são todas composições entre 1999 e 2005, todas elas deixamos prontas quando paramos em 2005 e acredito que elas seguem aquela linha que estamos acostumados a compor, que é unir a agressividade na sua forma mais veloz ou mais cadenciada com melodias que remetem ao Metal antigo, junto a letras que podem navegar entre as questões mais soturnas e doentias da morte, demonologia, história, o imaginário perverso, blasfêmias, guerras, anti-religião... Quero também aqui exaltar o excelente trabalho feito pela Hammer Of Damnation que não mediu esforços para que tudo saísse perfeito, mostrando uma dedicação e um profissionalismo ímpar.
M&L – Do seu ponto de vista, quais as principais diferenças entre ele e o debut My Eyes, They Bleed?
R. Mutilator - Na verdade eu vejo mais similaridades do que diferenças, pois como já citei todas as músicas foram compostas entre 1999 e 2005, tendo inclusive algumas músicas que poderiam até mesmo ter entrado no “My Eyes, They Bleed”. Acho que a maior diferença foi realmente na questão de gravação, pois neste novo trabalho tivemos mais condições de chegar ao som que queríamos, diferente de 1998 onde tudo era mais difícil e limitado, a questão da formação também pode ser um diferencial porque membros novos, queira ou não, sempre deixam seu jeito ou toque pessoal marcado na músicas.
M&L – Agradeço muito a participação de vocês, por comemorarem juntos os 12 anos de nossa página e o lançamento de seu novo e poderoso álbum. Espaço aberto às suas considerações finais.
R. Mutilator - Nós é que agradecemos pelo espaço e digo que nos sentimos muito honrados em estarmos juntos nesta comemoração dos 12 anos do Metal e Loucuras. Não vejo grandes diferenças entre o trabalho de manter um site/página e uma banda, ambos exigem dedicação e empenho, ainda mais nesse tortuoso caminho que é o Metal Extremo. Agradeço a todos que nos apóiam e quem se interessar por nosso Merch (CD’s e Camisetas) é só nos procurar através de nossa página do Facebook e Instagram, Canal do YouTube, pelo e-mail posthumoushorde@gmail.com ou direto pela loja Black Metal Store. Hail to the true warriors!!!