O 5º álbum de estúdio da maior banda da Bélgica foi aquele que finalmente deu a visibilidade que o Enthroned merecia desde o arregaço chamado "Towards the Skullthrone of Satan" de 1999. "Carnage In Worlds Beyond" é obscenamente sensacional e dentro da discografia maquiavélica da banda só perde para seu sucessor. As guitarras e teclados ficaram a cargo de Nornagest e Nerath Daemon, a bateria ultra destruidora com Alsvid e o baixo e urros de um dos melhores frontmans que o black metal já teve, o monstro Sabathan. Os teclados são bem pontuais, nunca foram um instrumento de referência para os caras, portanto o que encontramos neste opus são muitos riffs, num híbrido de black metal com o hardcore, mesmo que este segundo em doses homeopáticas e mínimas, mas que para bons ouvidos são evidentes e deixam o som bem despojado sem aquele sentimento troozão de som extremamente mal e sem concessões. Lançado pela Napalm Records e produzido por Harris Johns (Helloween, Kreator, Sodom e mais uma pancada de produções) a distorção e peso encontrados nas 10 faixas são de alto nível. A bateria é quase o tempo todo um conjunto de socos no ouvido, enquanto os vocais rasgados de Sabathan soam malignos como em toda horda digna de elogios, enquanto baixo e guitarras produzem uma massa sonora quase impenetrável, com alguns solos curtos e bem executados (ouça o final de "Bloodline", com uma melodia sinistra). O trabalho é bem homogêneo, e não deixa nada a desejar, mas preciso citar a música "Diabolic Force", cover de uma banda belga de death metal chamada "Morbid Death" que mais tarde viria a se tornar o "Blasphereion" e contava com o baterista Cernunnos, que ajudou a fundar o Enthroned, mas cometeu suicídio aos 25 anos em 1997. Outra faixa que deve ser conferida minuciosamente é a épica "Graced By Evil Blood". Se você é fã de metal extremo e nunca ouviu "Carnage in Worlds Beyond" certamente ainda não atingiu seu objetivo na Terra.
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