20 anos de Genesis do Rotting Christ!!!

Após uma incursão ao dark e gothic black não muito bem recebida pela maioria dos fãs (eu amo "A Dead Poem", antes que pensem que sou um deles), os gregos do Rotting Christ ensaiaram uma volta às raízes ou à brutalidade, em 2000 com "Khronos", mas a coisa entrou em ebulição realmente foi em 2002 com este ótimo "Genesis". Se o título do álbum quis mostrar um novo nascimento para a banda, então onde se encaixaria "Khronos" na discografia? Deixemos as divagações de lado e vamos nos concentrar no trabalho, lançado pela Century Media, e que traz muitos teclados e vocalizações narradas, como um diferencial. O ponto alto em minha opinião é "Quintessence", com vocais cavernosos de introdução, riffs fortes e um refrão com vocais limpos que caíram muito bem. Os teclados de George em seu segundo e derradeiro trabalho com a banda é contínuo e muitas vezes faz apenas uma camada soturna de acompanhamento tétrico. Outra que traz linhas vocais bem interessantes, com ótimos vocais limpos é "Nightmare" com linhas mais melódicas e aquela veia gótica adquirida anteriormente bem aflorada, além de trazer uma letra bem enigmática, e sem as verborragias depreciativas e cheias de ódio juvenil que algumas bandas ainda propõem, mesmo depois de aparecerem as primeiras madeixas brancas. O Rotting Christ mostrava que não seria uma banda a lançar vários álbuns com a mesma cara, Sakis Tolis e Themis Tolis sempre mostraram direcionamentos diferentes em seus trabalhos, mesmo que nenhum deles tenha se distanciado eternamente de seu objetivo musical inicial, e coloco "Sleep of the Angels" nesta conta. Uma curiosidade é que no encarte você encontra o baixista Andreas e o guitarrista Kostas nas fotos e créditos, mas ao que parece eles não gravaram nenhum instrumento no álbum. Genesis está no centro da discografia do Rotting Christ, com 6 álbuns de estúdio anteriores e outros 6 posteriores (o último até então é "The Heretics") e provavelmente ocupa a mesma posição em meu gosto.