Se os livros pudessem ser julgados pela capa, ou em nosso caso, os álbuns de Heavy Metal, "A New Dimension of Might" seria um que passaria despercebido. Até a logo, que a banda até então não havia padronizado, não veio tão legal quanto no play anterior, mas futuramente ela seria adotada como a principal, já figurando em 03 full lenghts. Este opus, que saiu pela Napalm Records, segue a linha de seus conterrâneos do Tristania, mesmo que em alguns momentos o Trail of Tears consiga soar mais agressivo e em outros mais ousado quando se trata de influências eletrônicas. A faixa "A Fate Sealed in Red" é um grande exemplo disso, principalmente em seu último minuto, mas ela também traz vocais limpos sensacionais, que assim como os guturais, nos remete diretamente a Morten Veland. e mostram a versatilidade de Ronny Thorsen. Mas o grande diferencial deste novo trabalho é a mudança da vocalista, que agora contava com Cathrine Paulsen, no lugar de Helena Michaelsen. A primeira vocalista tinha um vocal mais forte, enquanto Cathrine segue uma linha mais meiga, mesmo que entone notas mais elevadas como em "Crashing Down". Ela faz um belíssimo trabalho de soprano em "Obedience In the Abscense of Logic". "A New Dimension of Might" tem uma veia mais futurística, caracterizado por melodias no teclado que ficariam melhores em um jogo de video game, e talvez isso seja o motivo do álbum não me agradar como deveria. Tudo bem que Frank-Roald seja bom no que faz, mas a forma como ele executou neste álbum não fez bem para a banda, em minha opinião. Ouça a música "Denial and Pride", e tente separar os teclados para perceber como a música tem potencial. Há uma versão que vem com o cover de "Caffeine" do Faith No More, que ficou interessante, tirando os barulhos eletrônicos. Eu não tenho nada contra teclados, mas se eles não existissem neste álbum, ele soaria bem melhor.
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