Symbol of Life marca uma nova transição na carreira dos ingleses do Paradise Lost. Para os amantes da fase Icon e Draconian Times este álbum foi como ver seu time do coração retornar à série A do campeonato brasileiro de futebol. Não que ele tenha a mesma pegada doom dos citados opus, mas várias características se agarraram novamente às músicas de Symbol of Life, mas em muitos momentos com aquele ritmo dançante pertinente ao gótico, com doses singelas de peso. Ele abre com "Isolate", uma música que te fisga como um peixe feliz no anzol da morte. Os vocais de Nick Holmes começam bem naquela linha pop gótica mas logo se enveredam para aquela linha mais rouca de "Draconian Times", enquanto os teclados elaborados por Gregor Mackintosh têm uma sintonia impressionante com sua guitarra e a de Aaron Aedy. Uma música que te remete ao álbum "One Second", pois você logo imagina que ela será o grande hit do trabalho, assim como aconteceu com a faixa título daquele play. Ledo engano, pois na sequência temos a música de maior destaque do trabalho, a bela "Erased", presente nos shows desde então, com participação feminina de Joanna Stevens. Mesclando elementos eletrônicos a melodias inspiradas, a música chama atenção por conter elementos não metais e agradar os headbangers como se fosse um death/doom. As músicas são curtas e têm títulos simples em sua maioria, uma cartada interessante para tornar o álbum memorável e nada maçante. "Pray Nightfall" é outro grande momento que alegra os saudosistas, e mostrava que a banda estava preparada para retornar de fato ao som que ajudou a criar, nos próximos lançamentos. Temos neste álbum também a música "No Celebration", que nomeou a biografia oficial da banda em 2021, escrita por David Gehlke, e tem uma guitarra que remete ao Gothic de 1991. Grande porta de entrada para um filho pródigo.
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