domingo, 20 de novembro de 2022

20 anos de Relentless do Mortification!!!


Com a entrada dos guitarristas Jeff Lewis e Mick Jelinic, o Mortification do baixista e vocalista Steve Rowe lançou um de seus álbuns mais brutais desde a doença que quase matou Rowe por volta de 97. A capa, uma bela obra de Troy Dunmire, um cara que fez várias artes para várias bandas do segmento cristão, traz um tanque de guerra sobre as nuvens, e ficou bem legal. "Relentless" abre de forma arrasadora, com "Web of Fire" numa pegada thrash que há muito tempo não víamos no Mortification.  A música é intensa e te leva ao "headbanging" de imediato. Mas se engana quem pensa que o petardo seguirá nesta toada durante todos os 60 minutos, afinal o groove foi algo que se enraizou lentamente na alma da banda e ele não iria desaparecer num passe de mágica. Mas não temos músicas enjoativas, mas bons riffs e uma pegada bem visceral apesar de não tão agressiva, como na pesadona "God Shape Void" ou na mezzo tempo "Priest of the Underground" que carrega o título do álbum no refrão. Em "Altar of God" temos um belo solo de guitarra e o doom aparece como em outros álbuns, desta feita em "Sorrow". O batera Adam Zaffarese em seu 2º trabalho na banda também fez o dever de casa direitinho, sem nenhum absurdo, mas em prol da banda. Pra quem aprecia um baixo destacado temos "3 Of a Kind" com um ritmo bem legal e a nervosa "Arm The Annointed" que carrega influências de metal clássico. O Mortification mostrava com este álbum que ainda se conservava forte e com lenha pra queimar, apesar das adversidades. O play fecha com "Apocalyptic Terror", uma música de riffs pesados e intensos e os vocais mais rasgados, próximos da era death metal dos primeiros anos. Se você gosta de thrash, groove e música pesada em geral e não ouviu "Relentless" nos últimos 20 anos, é uma boa hora para começar.

 

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