segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

20 anos de Hellfire do 1349!!!


Demorou apenas 1 ano para 1349, o ano da peste negra, regressar do inferno com seu terceiro opus, intitulado "Hellfire". Com a mesma formação que gravou "Beyond The Apocalypse" em 2004 e sob custódia da mesma gravadora, a "Candlelight", os noruegueses ganhavam notoriedade no underground e chegavam àquele que é considerado sua obra máxima. Aqui você passará bem longe de qualquer melodia. Tudo é direto, seco e avassalador. Frost, o baterista forjado em outros nomes famosos, como Gorgoroth e Satyricon, desce o braço em BPMs fora do normal de um ser humano. Poucos momentos trazem aquele black metal mais frio como no início de "From the Deeps", pois mais de 90% deste álbum possui aquele veia quase punk de corrosão sonora, que não te deixa respirar. Ironicamente, minha faixa preferida se chama "Sculptor of Flesh", uma música com mudanças sensíveis de riffs, com uma forma ainda mais primitiva e ultrapassada de ser, que em seus primeiros momentos me remetem imediatamente à fase INRI do Sarcófago.  Os vocais rasgados de Ravn alternam em determinados momentos para algo mais gritado, um upgrade interessante em relação ao álbum anterior. O petardo fecha com sua música mais longa, a faixa "Hellfire" que batiza o petardo, com seus quase 14 minutos de caos e desolação, onde você tem a única oportunidade de ouvir um pouco de teclados, logo no início, quando o som de fogo queimando vai sumindo enquanto guitarras carregadas de distorção surgem numa avalanche de negritude e corrosão espiritual. Indicado apenas para as mentes doentias.

 

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