Anarkophobia: O álbum Punk mais Metal da história. Em 1991 após ter surpreendido com a qualidade e influências Thrash em Brasil, a banda liderada por João Gordo polemizava ainda mais com este registro histórico e maravilhoso. As bases de guitarras se encostaram de vez no Thash Metal, e a bateria entrava no ritmo de um trem desgovernado. O baixo fez a lição de casa direitinho e os vocais urrados estavam medonhamente reconhecíveis. A duração das músicas seguiram o esquema e o resto é história. "Contando Os Mortos" exemplifica tudo isso e "Morte Ao Rei" alterna momentos rápidos com ultra rápidos, além de trazer um solo de guitarra no melhor estilo Sepultura. O primeiro hit (tá de brincadeira né) do álbum é a fodida "Sofrer", num ritmo mais mid tempo, uma letra sensacional e cantada claramente pelo Gordo. Quem não canta essa porra junto não viveu os melhores anos do metal. "Ascenção e Queda" é outra porrada com uma letra que é um exemplo pra muitas bandas por aí, enquanto "Mad Society" é cantada em inglês e combinou demais com o estilo, uma de minhas preferidas no álbum, além de ter aquele som de baixo na cara sensacional. Ódio3 começa com um dedilhado fora de série e riffs bem fodas aparecem em seguida, e uma letra que você não vai deixar seus filhos cantarem antes de irem pra escola. A faixa título mantém o estilo num ritmo bem interessante, sem acelerar demais, enquanto o segundo hit (hahaha tá ferrando mesmo) chega com "Igreja Universal", uma crítica aos seguidores de Edir Macedo e um dos melhores momentos do álbum, que também foi um dos pontos altos no destruidor "Vivo". "Commando" é cover para o clássico do Ramones e, diga-se, ficou bem melhor que o original. O álbum fecha com a gritaria apoteótica de "Escravo da TV", para você que fica horas como um imbecil na frente da telinha moldando seu caráter e elevando seus conhecimentos indispensáveis.
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