quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Dezembro Verde & Amarelo: #17 Genocídio - Posthumous

 


Lembro exatamente quando fui à Cogumelo da Rio de Janeiro e pedi para ouvir o álbum Posthumous do Genocídio que tinha sido lançado naquele ano de 1996. Quando começou a tocar a música "Pilgrim" e o vendedor, que infelizmente esqueci o nome, começou a bater cabeça e pular pela loja, eu sabia que não precisaria de mais nada para eu comprar aquele álbum. Porque o início é pura energia, mesmo que o Death Metal ceda espaço a um som mais arrastado no decorrer da música. "Condemnation" vem na sequência e mostra que este álbum seria um híbrido entre o metal da morte e a música gótica, e se tornou o maior clássico dos paulistas até hoje. Em "Lilit And Nahemah" temos os vocais graves falados contrastando com os urros guturais de Murilo Leite. A timbragem da guitarras não está na cara, pelo contrário, está um ou dois tons abaixo, para que os demais instrumentos se notabilizem, com o baixo de Daniel aparecendo de forma clara a concisa, os dedilhados sejam evidenciados, como o início perfeito de "The Sphere Of Lilit", uma das melhores do álbum, a bateria de Juma fazendo um trabalho bem encaixado e na maioria das vezes bem cadenciado. Os solos de guitarra de Murilo e Wanderley Perna também ficaram mais evidentes sobre esta afinação de guitarra. "The Sphere Of Nahemah" lembra algo de Paradise Lost, mas é tão sucinto que você nem consegue associar a qual fase do PL. "Black Depth", que começa com batidas de bateria é uma das mais pesadas do álbum, enquanto "Luciferic Man" é a mais agressiva, ao lado da faixa escondida "Agressor" e da porrada "Illusions". Vale ressaltar também a faixa "Goodbye Kisses", cantada por Irene Sailte e com violinos de Flavio Geraldini e da versão para Black Planet do Sisters Of Mercy. Um álbum atemporal.

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