Após vencer um concurso nacional promovido pelo festival alemão Wacken Open Air em parceria com algumas empresas, o Torture Squad de São Paulo partiu para o festival com um contrato para lançamento de um play. O álbum com certeza estava na gaveta aguardando os acontecimentos e com a premiação foi lançado pela Wacken Records e gravado no Mr. Som, com produção da própria banda ao lado de Heros Trench e Marcelo Pompeu do Korzus. Se no Brasil haviam fãs sedentos há 5 anos para ouvir o sucessor do fabuloso Pandemonium, com certeza se esbaldaram na porrada chamada Hellbound. Com uma veia Thrash evidentemente mais forte, o álbum é uma obra de arte dentro da cena nacional. Fábio Laguna da banda Hangar tocou os teclados, quando necessário como a intro "MMXII" mais um suposto ano apocalíptico, uma introdução forte e caprichada com direito a sinos tocando. "Living For The Kill" tem aquele início clássico com riffs quebrados e uma bateria sempre magistral de Amílcar Cristófaro, que pra mim, está entre os melhores bateristas do Brasil. Os vocais de Vitinho estão poderosos como sempre, alternando guturais arrepiantes (de virar os olhos, hehe) a rasgados inteligíveis e rápidos. A música dá espaço para todos os instrumentos, ora com ênfase no baixo de Castor, ora nas guitarras de Rafael Lopes (atual Eternal Malediction), e há indícios de que as guitarras tenham sido gravadas pelo ex membro Maurício Nogueira. E os clássicos seguem com "The Beast Within" com algumas aceleradas ladeira abaixo e uma parte mais cadenciada na metade lembrando os tempos de The Unholy Spell, "The Fall of Man", "Chaos Corporation" e seu refrão arrebatador e riffs Thrash Metal, uma das melhores da carreira, "Man Behind The Mask" que é outra música extraordinária com muitas mudanças de andamento e sua crítica religiosa. Ainda temos "In The Cyberwar", "Twilight For All Mankind" com um arranjo de cordas magnífico na abertura e no decorrer da música, além de vocais bafejando em sua cara, a instrumental e melancólica "The Four Winds" e a faixa título "Hellbound" com Heros participando dos vocais e um inusitado som de cravo, aquele famoso instrumento do século XVIII que precedeu o piano. Outro álbum que não pode faltar na coleção de qualquer banger que se preze, lançado no Brasil originalmente pela Hellion e recentemente pela Shinigami.
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