The Great Execution não é apenas uma grande obra do Krisiun. Ela simplesmente é a maior. O ponto central onde os irmãos de Ijuí conseguiram balancear o extremismo de forma que ele carregue melodias sem deixar de ser uma metralhadora, (aquela parte que entra o primeiro solo em "The Will To Potency" resume isso). A capa criada pelo japonês Toshihiro Egawa, que criou sua arte para inúmeras bandas de Death Metal, dentre elas Criptosy e Mortician, traz um campo de batalha em tons vermelhos que te deixa bons momentos descobrindo cada detalhe. "Blood Of Lions" tem alguns momentos mais cadenciados e um solo propenso a estar numa obra Thrash Metal, enquanto a faixa título apresenta riffs violentos e uma massa sonora impiedosa, algo que você não vai querer tocar durante aquele almoço em família de domingo. O Brutal Death Metal continua dispensando boas intenções através de "Descending Abomination" e "The Extremist" com um arranjo foda de guitarra durante o refrão. "The Sword Of Orion" tem um apelo épico, com uma introdução de arena e riffs cavalgados produzindo boas doses de peso absurdo coroado com um final surpreendente. "Violentia Gladiatore" nos brinda com um raro momento em que o solo viaja com apenas o baixo na base enquanto "Rise And Confront" tem um início com destaque na bateria e um ritmo mais contido. "Extinção em Massa" tem a solene participação de João Gordo do Ratos de Porão e é uma porrada Death/Punk num dos melhores momentos do álbum. O final é com a grandiosa "Shadows Of Betrayal" em quase 9 minutos de caos e destruição sonora tocada com muita técnica, garra e criatividade. Algumas versões posteriores saíram com uma regravação da clássica "Black Force Domain". Indispensável em coleções de respeito.
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