O Segundo full lenght dos paranaenses do Amen Corner é o típico álbum pra se colocar num pedestal, na parede ou no lugar de maior destaque em sua coleção. Se você é um banger fã de Black Metal e de Doom Metal, nem precisa escolher 2 álbuns para ouvir na sequência, basta ouvir Jachol Ve Tehilá, pois os dois estilos citados estão intrínsecos à sonoridade do opus. "The Seventh Seven Guardians" tem uma introdução nos teclados de mais de dois minutos que poderia ser uma intro à parte, e quando guitarra, baixo e bateria entram, você fica hipnotizado com um som arrastado, carregado de uma melancolia maléfica, evidenciada nos característicos vocais rasgados de Sucoth Benoth, a alma por trás do Amen Corner. A música cresce em andamentos e de repente se torna um Black Metal com ótimas melodias. E esta é a tônica deste trabalho espetacular. Você se emociona com as harmonias de guitarra de "Lamentation And Praise", que trazem surpreendentemente vocais limpos e narrados em seu final. "Black Thorn" é uma das melhores músicas que a banda já compôs, num ritmo menos cadenciado, com riffs fortes e uma interpretação magnífica nos vocais. O som do baixo de Cléio está bem destacado e a bateria de Paulo Costa muito dinâmica, nunca soando cansativa nem preenchendo espaços, pelo contrário, a cada mudança de andamento a batida se faz autoritária. Flach e Murmúrio se inspiraram para criar seus riffs naquelas bandas da Europa que cresciam muito seja no Dark, no Death/Doom ou no Black Metal, e isso elevou o som da banda a um nível sensacional. Para você sentir como fluia a criatividade dos caras, ouça a espetacular "The Cult Of The Pagan Gods", e suas variações de harmonias intercaladas a sons da natureza e dedilhados sorumbáticos que antecedem à maleficência quase próxima de uma mistura entre o DSBM e o Funeral Doom. Ouça mil vezes e em nenhum momento Jachol Ve Tehilá se tornará enfadonho. Um dos 10 melhores álbuns já lançados no Brasil.
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