terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Dezembro Verde & Amarelo #29: Malefactor - Anvil Of Crom


Tive o prazer de pegar este álbum em 2013 diretamente com a banda em uma bela apresentação no Stonehenge, uma verdadeira obra prima de nosso metal contemporâneo, o belíssimo Anvil Of Crom. Com um esmero de cair o queixo na parte gráfica, lançado em Digipack em 3 painéis pela Eternal Hatred, e um encarte de 16 páginas, restava saber se o conteúdo musical estava à altura da embalagem. E estava além. Após a intro "Into The Black Order" temos uma das melhores músicas da carreira dos baianos, a épica "Elizabathory", falando da famosa condessa, e com um refrão memorável. Um ponto generoso a favor do Malefactor é o crescimento de seu vocalista Vlad, que além dos tradicionais rasgados, tem cada vez mais cantado melhor com as vozes limpas, o que faz do refrão de "Elizabathory" tão especial. Na sequência outra música com nota 10 nos quesitos qualidade e criatividade, a maléfica "666 Steps To Golgotha" com participação especial dos vocais de Eregion do Unearthly. A faixa título começa de forma acústica e depois alterna passagens extremas onde a bateria se destaca, com outras mais cadenciadas, e os backing vocals dando aquele charme extra nos refrãos, além de um solo de guitarra muito bonito. "Black Road Of Burning Souls" tem um início bem tradicional, com um som de órgão diferenciado e mais vocais limpos, que logo alternam para um Black/Death de linhas retas com teclados aqui e ali muito bem encaixados. Se a memória não falha a faixa "Blood of Sekhmet" foi apresentada em vídeo clipe um tempo antes do lançamento do álbum, e dava uma prévia do opus clássico que estava por vir, com riffs que remetem ao álbum Centurian. O álbum segue com "Trevas" e belas interpretações vocálicas, "A Guerra Virá", até aqui a única música cantada em português pelo Malefactor, e até por isso e pela letra, foi mais que natural a participação de Hécate do Miasthenia nos vocais, que ficou arrasadora com aquela batida  de tambores que anunciam a guerra, "The Mirror" que é a faixa com menos pompa do álbum e a épica e longa "Into The Catacombs (Goat Of Mendes)". Ainda não me decidi qual álbum do Malefactor gosto mais, mas Anvil Of Crom é um sério candidato. 

 

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